A Irmã Eva Gomes Furtado, missionária cabo-verdiana de São Pedro Claver, foi uma das mais de mil participantes no Congresso das Formadoras e Formadores à Vida Consagrada, realizado de 8 a 11 de abril em Roma pela Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, sob o tema: “Viver em Cristo segundo a forma de vida do Evangelho”.
Natural da ilha de Santiago e desde há dez anos a trabalhar na Diocese do Mindelo, a irmã Eva é uma das 10 cabo-verdianas pertencentes a esta Congregação e uma das duas actualmente a trabalhar Cabo Verde (Mindelo) onde têm um lar de estudantes universitárias e um jadim de infância com 50 crianças. Trabalham também na formação de animadores, catequistas e de outros grupos paroquais.
A experiência deste encontro em Roma foi para a irmã "excelente". Sentiu que a preocupação de todos os participantes era como fazer com que os jovens percebam os valores da vida consagrada. O denominador comum das respostas foi ter Cristo sempre como referência, dar verdadeiro testemunho Dele na vida e estar com os jovens. Um trabalho que, disse o Papa, pode cansar, mas quando a irmã Eva se sente casansada ou desencorajada, ajoelha-se um pouco perante o Sacrário e ganha novo vigor para a caminhada.
Embora não tenha ainda muita experiência como formadora, a irmã Eva regojiza-se pelo facto de as primeiras duas formandas que passaram "pelas suas mãos" já serem junioras. Hoje trabalha com um outro grupo de aspirantes e estudantes e reconhece que não é fácil, pois a sociedade muda constantemente e com ela as mentalidades. Sabe, contudo, que é preciso ter uma atitude de "pescador" para se chegar à meta.
Com apenas 300 religiosas provenientes dos cinco continentes, a Congregação das Missionárias de São Pedro Claver (criada em 1894) está orientada primeiramente para as mulheres, mas serve também de ponte entre os benfeitores e os outros missionários no mundo.
Na ampla entrevista que nos concedeu, a Irmã Eva fala das origens da sua Cogregação e de como aproveitaram desta vnda a Roma, para reflectirem também sobre a o reforço de uma linha e uma linguagem comuns na formação das meninas, onde quer que estejam, ou seja nos cinco continetes.
Ela exprime também a sua gratidão ao Papa Francisco pelo encontro de Roma e pelo Ano de Vida Consagrada que coincidiu, na sua Congregação, com o Ano da vocação proclamda no contexto dos 150 anos do nascimento da fundadora, Teresa Ledochowska.
Aponta com alegria as numerosas iniciativas conjuntas que as consagradas e consagrados em Cabo Verde vão ter ao longo deste Ano dedicado à Vida Consagrada, como por ex. a Feira da Vida Consagrada.
Não obstante os numerosos empenhos, a irmã Eva encontra sempre um tempinho para a sua auto-formação continua, como aliás, recomendou o Papa, pois está consciente de que "não se pode dar o que não se tem".
A vinda a Roma foi para ela uma lufada de ar neste sentido, mas a mente e o coração estão ao mesmo tempo com as meninas que acompanha em Cabo Verde e que aguardam o seu regresso e a sua alegria, a alegria duma religiosa plenamente satisfeita com a sua opção de vida e que transparece também da entrevista que nos concedeu.
Oiça aqui a entrevista:
(DA)
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