Papa saúda familiares de Asia Bibi


Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco saudou, no final da Audiência Geral desta quarta-feira (15/04), o marido e um dos cinco filhos de Asia Bibi, cristã paquistanesa condenada à morte por suposta blasfêmia. O marido Ashiq Masiq e a filha Eisham, de 15 anos, chegaram a Roma com o advogado de Asia, Joseph Nadeem, através da ajuda da organização CitizenGo, a fim de pedir à Itália e Europa para agirem pela libertação da mulher. 

“Santo Padre, reze por Asia Bibi, por nós, por todos os cristãos perseguidos no Paquistão”, pediram os familiares.

Orações

O Papa assegurou, em resposta, as suas orações por estas intenções e por todos os cristãos que sofrem. O caso de Asia Bibi remonta a 2009 quando foi condenada à morte por enforcamento acusada de blasfêmia contra o profeta Maomé na sequência de um desentendimento com duas irmãs muçulmanas.

As mulheres que trabalhavam com Asia Bibi foram ter com um responsável religioso e acusaram a cristã de proferir blasfêmias contra o profeta Maomé. Ashiq Masiq, marido da cristã presa há seis anos, pede a ajuda da Europa para que não falte “visibilidade” a este caso. 

Perseguição

Em declarações à Rádio Vaticano, refere que a sua mulher é “muito forte na fé e está bem, mental e psicologicamente”. Asia Bibi, que continua no corredor da morte, na prisão de Multan, aproveitou a visita do seu marido para fazer chegar um pedido ao Papa Francisco: “Peço ao Papa para fazer uma oração especial pela paz no mundo e por mim”.

“Na Páscoa, Jesus Cristo nos dá um exemplo de paz e perdão. Devemos aprender do ensinamento e do sacrifício de Cristo, crucificado por nós e que perdoou todos aqueles que lhe fizeram mal”, referiu.

O advogado de Asia Bibi pediu esta terça-feira, em Roma, que o Parlamento italiano e a comunidade internacional pressionem o Governo paquistanês. Joseph Nadeem explicou à Rádio Vaticano que a última esperança da cristã é um “perdão presidencial”, face à demora da decisão do Supremo Tribunal de Justiça. 

Luto

Já hoje, morreu no Paquistão o jovem cristão Nauman Masih, de 14 anos, que se encontrava em estado crítico num hospital de Lahore depois de ter sido queimado vivo por um grupo de muçulmanos. (MJ/Agência Ecclesia)

 

 

 








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