Itália socorreu mais de 15 mil no mar este ano


Roma (RV) - A Guarda Costeira italiana recuperou segunda-feira (13/04), os corpos de nove imigrantes que viajavam para a Itália a bordo de uma embarcação que afundou a 80 milhas da costa da Líbia. Entretanto, as autoridades italianas conseguiram resgatar, no fim de semana, 5.629 imigrantes em alto mar, no Canal da Sicília.

Elogios à Itália

A Organização Internacional para as Migrações (OIM) afirmou que, com os salvamentos, subiu para 15 mil o número de imigrantes socorridos desde o início do ano. Em um encontro em Barcelona sobre União Europeia e Mar Mediterrâneo, a italiana e representante de polícia externa da UE, Federica Mogherini, pediu cooperação internacional para resolver o problema da imigração. "Chegou o momento para uma cooperação real, não burocrática, entre os países europeus e norte-africanos", disse a diplomata.

O governo italiano emitiu um alerta para que todas as cidades disponibilizem leitos de acolhimento a imigrantes, diante de previsões de que novos fluxos migratórios atingirão a Itália nos próximos dias.

Migrantes Africanos

Os civis foram resgatados durante diferentes operações da Guarda Costeira e da Marinha italianas, com a ajuda de navios comerciais. A maioria dos migrantes saiu da Líbia e muitos eram sírios, eritreus, somalis e etíopes. Este é o segundo fim de semana consecutivo em que grande número de migrantes é resgatado no Canal da Sicília. Segundo a OIM, no primeiro fim de semana de abril, a Itália salvou cerca de 2 mil migrantes em diversas operações marítimas.

Salvar Vidas

O diretor-geral da agência, William Lacy Swing, afirmou que "salvar vidas continua a ser prioridade". Ele chamou de "heroico" o trabalho de forças marítimas italianas de resgatar migrantes no mar.

Na semana passada, o Ministério do Interior da Itália divulgou novos dados da chegadas de migrantes. Nos primeiros três meses de 2015, 10.165 chegaram na costa italiana, uma pequena queda em relação ao mesmo período de 2014.

Violência

Equipes da OIM encontraram alguns dos migrantes que chegaram no domingo. Eles relataram que condições climáticas ruins causaram a queda no número de chegadas em março.

Muitos dos migrantes esperaram a partida por mais de um mês em chamadas "casas de conexão" onde, muitas vezes, foram vítimas de violência e de abuso por contrabandistas.

William Swing afirmou ainda ser "claro que o fluxo migratório da Líbia continua". Ele defendeu que as operações de resgate no mar sejam apoiadas através de uma abordagem mais eficaz e combinada da União Europeia.

O diretor da OIM disse ainda que mais deve ser feito para identificar estes "contrabandistas inescrupulosos", processá-los e "acabar com estas redes criminosas".

(Rádio ONU - CM)

 








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