2015-04-13 14:54:00

A Semana do Papa de 6 a 12 de abril


Dia 6

No Regina Coeli de segunda-feira de Páscoa, dia 6 de abril, o Papa Francisco, saudando a presença na Praça de S. Pedro do Movimento Shalom, voltou a referir o martírio de tantos cristãos no mundo:

“Eles são os nossos mártires de hoje e são tantos; podemos dizer que são mais numerosos que nos primeiros séculos. Espero que a comunidade internacional não assista muda e inerte perante tal inaceitável crime, que constitui uma preocupante deriva dos direitos humanos mais elementares. Espero verdadeiramente que a comunidade internacional não vire o olhar para o lado.”

Dia 8

Quarta-feira, dia 8 de abril: Audiência Geral com o Papa Francisco na Praça de S. Pedro. Sol luminoso e vento em Roma. Dezenas de milhares de fiéis saudaram o Santo Padre.

Na sua catequese o Papa falou sobre as grandes dificuldades que vivem muitas crianças na sociedade atual. O Papa chamou-lhe de “paixão das crianças”.

“Refiro-me à “paixão das crianças”. Cada criança marginalizada, abandonada, que vive na rua pedindo e com todo o tipo de expedientes, sem cuidados médicos, é um grito que sobe a Deus e que acusa o sistema, que nós adultos, construímos. E, infelizmente, estas crianças são presa dos delinquentes, que as exploram para indignos tráficos e comércios ou treinando-os para a guerra e a violência. Mas também nos países chamados de ricos tantas crianças vivem dramas que as marcam fortemente, por causa da crise da família, das falhas educativas e das condições de vida, às vezes, desumanas.”

As crianças são o fruto mais belo da bênção que o Criador deu ao homem e à mulher – afirmou o Papa – mas, às vezes, há quem diga que pode ter sido um erro trazer uma criança ao mundo. Trata-se de uma afirmação vergonhosa – declarou o Santo Padre, pois  as crianças nunca são um erro. É necessário, isso sim, serem assumidas as responsabilidades e saber o que pode ser feito para que não haja crianças que vivam tais dramas.

O Papa Francisco recordou ainda que Jesus sempre demonstrou um carinho especial pelas crianças: chamava-as para estarem consigo. Assim, a Igreja tem a obrigação de estar ao serviço das crianças e de acompanhar as suas famílias, dando o exemplo de que nenhum sacrifício é exagerado quando permite que uma criança se sinta amada, pois nenhuma criança é esquecida pelo Pai que está nos céus.

E, por tudo isto, o Santo Padre advertiu os fiéis que com as crianças não se brinca!

Dia 11

O Papa  Francisco encontrou-se neste sábado dia 11 na Sala Paulo VI com mais de 1200 formadores de consagrados e consagradas reunidos em Roma para um Encontro internacional promovido pela Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, subordinado ao tema: “Viver em Cristo segundo a forma de vida do Evangelho”. O Santo Padre disse-lhes para serem testemunhas e não apenas mestres porque o testemunho é fecundo, coerente e promove as vocações:

“E o testemunho é fecundo. E se não há um testemunho, se não há coerência, não haverá vocações. E é a este testemunho que sois chamados. Este é o vosso ministério, a vossa missão. Não sedes apenas maestros; sedes sobretudo testemunhas da sequela de Cristo no vosso próprio carisma. E isto pode-se fazer se se descobre em cada dia a alegria de ser discípulos de Jesus. Daqui deriva também a exigência de tratar sempre da vossa formação pessoal a partir da amizade forte com o único Maestro.”

Neste sábado dia 11 de abril, foi proclamado oficialmente pelo Papa Francisco o Jubileu da Misericórdia que se iniciará a 8 de dezembro de 2015 e terminará a 20 de novembro de 2016. Junto da Porta Santa na Basílica de S. Pedro foi publicada a Bula Rosto da Misericórdia. Já no interior da Basílica, nas vésperas do Domingo da Divina Misericórdia, o Santo Padre afirmou que este não é o “tempo da distração” mas o de os cristãos estarem vigilantes e olharem para o “essencial”, este é o tempo da Igreja “ser sinal e instrumento da misericórdia do Pai”.

O Ano Santo da Misericórdia apresenta-se, assim, como uma ocasião para colher a ternura de Deus que procura todos os que estão sós, abandonados e sem esperança:

“É por isto que o Ano Santo deverá manter vivo o desejo de saber colher os tantos sinais da ternura que Deus oferece ao mundo inteiro e sobretudo a quantos estão no sofrimento, sós e abandonados e mesmo sem esperança de serem perdoados e de sentirem-se amados pelo Pai.”

Tratar as feridas e oferecer a todos o caminho da reconciliação. Um Ano Santo que será um tempo favorável – concluiu o Papa – para sermos tocados pelo Senhor, transformados pela sua misericórdia, e tornarmo-nos testemunhas da misericórdia:

“É o tempo favorável para tratar as feridas, para não nos cansarmos de encontrar quantos estão à espera de ver e tocar com a mão os sinais da proximidade de Deus, para oferecer a todos o caminho do perdão e da reconciliação.”

Dia 12

Domingo, 12 de abril, Regina Coeli na Praça de S. Pedro. Neste oitavo dia após a Páscoa, Domingo da Divina Misericórdia, o Papa Francisco recordou o Evangelho de S. João que nos documenta as duas aparições de Jesus Ressuscitado aos Apóstolos reunidos no Cenáculo. Na primeira Tomé não estava presente e mostrou-se incrédulo perante o testemunho dos discípulos. Na segunda aparição Jesus convida-o a tocar as suas chagas – afirmou o Santo Padre:

“Tomé é um que não se contenta e procura verificar pessoalmente, executando uma sua experiência pessoal. Depois das suas iniciais resistências e inquietações, no final também ele acredita mesmo com dificuldade mas chega à fé. Jesus atende-o pacientemente e oferece-se às dificuldades e às inseguranças do último a chegar.”

“No contacto salvífico com as chagas do Ressuscitado, Tomé manifesta as próprias feridas, as próprias lacerações, a própria humilhação; no sinal das chagas encontra a prova decisiva de que era amado, esperado, entendido.”

Tomé encontra o Messias cheio de doçura, de misericórdia, de ternura. Era aquele Senhor que Tomé procurava e exclama: “Meu Senhor e meu Deus” – sublinhou o Santo Padre que considerou sermos neste Domingo convidados a contemplar as chagas do Ressuscitado da Divina Misericórdia.

E com o Regina Coeli deste domingo terminamos esta síntese das principais atividades do Santo Padre que foram notícia de 6 a 12 de abril. Esta rubrica regressa na próxima semana sempre aqui na RV em língua portuguesa. (RS)








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