Na ONU, Santa Sé pede que minorias perseguidas sejam tuteladas


Nova Iorque (RV) - O Conselho de Segurança das Nações Unidas debateu na sexta-feira (27/03) as condições das vítimas de ataques e de abusos com base religiosa ou étnica no Oriente Médio.

O Secretário-Geral, Ban Ki-moon, abriu os discursos voltando a ressaltar sua grave preocupação com os perigos enfrentados por minorias em vários países. Ele lembrou dos "milhares de civis que estão à mercê do Estado Islâmico do Iraque e do Levante". E pediu ao Conselho de Segurança e à comunidade internacional que "ultrapassem diferenças e encontrem novas maneiras de garantir a proteção dos civis", citando o caso dos sírios.

Ban Ki-moon afirmou que a ONU está desenvolvendo um "Plano de Ação sobre Prevenção do Extremismo Violento", que será lançado em setembro.

Santa Sé

Do debate, participou também o Observador Permanente da Santa Sé na ONU, Dom Bernardito Auza, que afirmou que o encontro de sexta-feira não foi somente oportuno, mas “urgente” diante do número de vítimas.

“Temos de reconhecer que o problema existe e que a hora é grave”, afirmou o diplomata, ressaltando que 25 anos atrás havia cerca de dois milhões de cristãos vivendo no Iraque. Hoje, esta presença ficou reduzida em menos de 500 mil.

“A Santa Sé manifesta o seu profundo agradecimento a países e líderes locais que abertamente defendem os cristãos como uma parte integrante do tecido religioso, histórico e cultural da região. Por dois mil anos, os cristãos têm chamado o Oriente Médio como casa; na verdade, como todos sabemos, o Oriente Médio é o berço do cristianismo. Assim sendo, nos perturba profundamente que essas antigas comunidades cristãs estão sendo ameaçadas de extinção.”

Apelos do Papa Francisco

O Arcebispo, em nome da Santa Sé, pede a todos os líderes e pessoas de boa vontade na região e em todo o mundo a agir antes que seja tarde demais. “O atraso na ação só vai significar mais pessoas mortas, deslocadas ou perseguidas. O Papa Francisco exorta todos a unirmos nossos esforços para apoiar um Oriente Médio que continue sendo uma casa acolhedora para todos os seus grupos étnicos e religiosos”, concluiu Dom Auza.
(BF)








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