Papa à Igreja nigeriana: “não se cansem de fazer o bem”


Cidade do Vaticano (RV) – Diante das “novas e violentas formas de extremismo e fundamentalismo” é preciso promover a paz construindo uma “cultura do encontro”. Esta é, em síntese, a mensagem do Papa aos bispos nigerianos, publicada nesta terça-feira (17/03).

Em pouco mais de uma página, Francisco partilha suas reflexões acerca da atualidade da Nigéria, o “Gigante da África” com mais de 160 milhões de habitantes, a maior economia do continente.

Logo no início, o Papa fala das graves dificuldades impostas pelos extremistas islâmicos do grupo Boko Haram, que atua principalmente no norte do país. Francisco condena estas pessoas que se “proclamam religiosas, mas que abusam da religião para fazer dela uma ideologia moldada de acordo com os próprios interesses ultrajantes e de morte”.

Cultura do encontro

Francisco recordou ainda que a paz não é a ausência de conflito tampouco o resultado de acordos políticos: “A paz é, para nós, o próprio Cristo”, disse, afirmando que para alcança-la é preciso “um compromisso diário, corajoso e autêntico em favor da reconciliação, de experiências de partilha e diálogo e do serviço aos mais fracos e excluídos”.

O Papa ainda agradeceu à Igreja da Nigéria por, mesmo diante de tantas provações, não ter parado de testemunhar a misericórdia, a acolhida e o perdão.

“Aos sacerdotes, religiosos e religiosas, missionários e catequistas que, apesar dos indizíveis sacrifícios, não abandonaram as ovelhas, digo: não se cansem de fazer o bem”, concluiu o Pontífice.

Divisão

As estatísticas apontam que metade da população nigeriana é, justamente, cristã e a outra, muçulmana. O sul do país é de maioria cristã enquanto o norte é de maioria islâmica. O grupo extremista islâmico Boko Haram entra em cena em 2010 ao assumir um atentado suícida na sede das Nações Unidas na capital Abuja, que deixou dezenas de mortos e centenas de feridos. Desde então, os episódios de violência repetem-se em continuação, com sequestro de mulheres cristãs, ataques à Igrejas e assassinato de cristãos. (RB)








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