Etiópia, modelo de convivência entre cristãos e muçulmanos


Cidade do Vaticano (RV) - A Etiópia representa hoje um modelo de convivência pacífica entre cristãos e muçulmanos, que há séculos vivem um ao lado do outro, comprometidos na luta contra a pobreza e o fundamentalismo que alimenta tensões e conflitos. Sobre esta realidade falou ao jornal L’Osservatore Romano o Cardeal Berhaneyesus Demerew Souraphiel, Arcebispo de Adis Abeba, criado cardeal no último Consistório de 14 de fevereiro.

Falando sobre a sua nomeação e se a mesma pode ser interpretada como um encorajamento para a minoria católica do país, Dom Souraphiel, disse que o “Papa Francisco trabalha pela inclusão de todos na Igreja. Sou grato a ele por ter recordado e considerado a Igreja Católica na Etiópia. É um grande encorajamento para os católicos no país e para mim pessoalmente é um convite à humildade”.

Minoria apreciada

A Igreja católica na Etiópia, embora seja uma minoria sob o ponto de vista numérico, disse o cardeal - é muito apreciada pela Igreja ortodoxa etíope tewahedo, por todas as denominações cristãs e pelos muçulmanos. Estamos ao serviço de todos, destacou.

Falando sobre o que podem fazer os cristãos para impedir a deriva violenta do fundamentalismo religioso, o Cardeal Souraphiel afirmou que a Etiópia tem uma boa tradição de coexistência pacífica entre cristãos e muçulmanos. Embora os fundamentalistas tenham tentado provocar divisões e conflitos, as populações etíopes não os aceitam nem os seguem.

Papel dos católicos

Contudo, - destaca ainda o purpurado - isto não significa que não continuam a tentar nem que tenham deixado de criar tensões e conflitos. O papel dos católicos é recordar à sociedade os frutos da convivência pacífica, especialmente agora que a Etiópia se comprometeu a combater a pobreza como inimigo comum e a desenvolver o país, construindo infraestruturas fundamentais. (SP)

 








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