Movimento Católico Mundial pelo Clima promove jejum quaresmal


Cidade do Vaticano (RV) – Intensificam-se em todo o mundo as iniciativas de sensibilização das Igrejas e de outras organizações da sociedade civil em vista da próxima Conferência da ONU sobre o clima (COP 21), prevista para dezembro próximo, em Paris. Depois do #fastfortheclimate - o movimento fundado há mais de um ano pela Federação Luterana Mundial (FLM), com o apoio do Conselho Mundial das Igreja (WCC) e a convocação do II Encontro de Halki sobre a responsabilidade global e a sustentabilidade ambiental promovida pelo Patriarcado Ecumênico de Constantinopla -, também o mundo católico começa a mobilizar-se para fortalecer a iniciativa.

O dever de custodiar a Criação

Com esta intenção, em 15 de janeiro passado, um grupo de teólogos, cientistas, sacerdotes, religiosos e leigos católicos de diversos países do mundo, deram vida ao Global Catholic Climate Moviment (GCCM). A Doutrina Social da Igreja, baseada nas Escrituras e na tradição da Igreja, inspirou o novo movimento – explica a declaração de fundação -, assim como os pronunciamentos do Papa Francisco sobre o tema, que tantas vezes sublinhou a estreita interdependência humanidade-Criação, e portanto, o dever de custodiá-la.

Católicos chamados a ser voz profética sobre o clima

“Os líderes católicos – lê-se na declaração – são chamados a falar com uma voz profética e em diálogo espiritual com todos, em modo particular com os líderes políticos, o mundo dos negócios e os consumidores responsáveis por políticas e práticas destrutivas para o clima”. “Também os católicos – por sua vez – devem continuamente converter-se ao plano do Criador para que todos tenham a vida em abundância. Até que as implicações morais das mudanças climáticas produzidas pelo homem não sejam conhecidas com clareza e aceitas – sublinham ainda os promotores -, é improvável que as sociedades se convertam a tempo em tecnologias, economias e estilos de vida sustentáveis”.

Um especial jejum de Quaresma pelo clima

Deste quadro surge o convite a todos os católicos para participarem desta iniciativa de sensibilização, mas também para colocarem em prática ações pessoais concretas. Como primeira iniciativa, o movimento decidiu lançar quarenta dias de jejum quaresmal pelo clima. A partir desta Quarta-feira de Cinzas, até 28 de março, católicos de mais de 45 países vão jejuar e rezar juntos por todas as pessoas atingidas pelas consequçencias das mudanças climáticas. Durante todo o período de Quaresma, eles também são exortados a reduzir o consumo de produtos e serviços que produzem gases de efeito estufa e a reciclar os produtos usados.

A iniciativa se insere na iniciativa “Cadeia mundial de jejum de um ano pelo clima”, lançada em 1º de dezembro de 2014 pelo #fastfortheclimate e à qual aderiram numerosas organizações e associações católicas no mundo. (JE)








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