P. Ima: "semear a esperança no coração das pessoas"

"Todo o arquipélago e 350 léguas em terra firme, desde o rio Senegal até ao rio de Santo André, perto do Cabo das Palmas" - esta era a área que a Diocese de Santiago de Cabo Verde abrangia quando foi criada, a 31 de Janeiro de 1533, pelo Papa Clemente VII com Bula "Pro Excelenti". Iniciava-se assim uma história de glória e dificuldades para a Igreja no arquipélago cabo-verdiano.

Uma história que acompanhou a evolução do arquipélago e que, depois do primeiro bispo natural do país, nomeado em coincidência com a independência nacional (1975), regista agora a criação do  seu primeiro cardeal: D. Arlindo Furtado, bispo de Santiago, nomeado, a 4 de Janeiro,  membro do Colégio Cardinalício pelo Papa Francisco. Uma grande surpresa para os cristãos do país que se preparam agora para estar representados no Consistório de 14 de Fevereiro na Basílica de São Pedro.

Mas ontem como hoje, a Igreja em Cabo Verde caminha com o seu povo, atenta sempre aos novos desafios, que se prendem actualmente - segundo P. António Manuel Monteiro, Pároco da Igreja pró-Catedral de Nossa Senhora da Graça, na Cidade da Praia e Historiador - com a atenção aos jovens, ao mundo académico e intelectual, aos pobres, à capacitação dos leigos para que assumam o seu papel na Igreja, etc. Enfim, com o "semear a esperança no coração das pessoas" para que não se deixem levar pelas dificuldades e conservem a sua dignidade.

Mas oiça directamente as palavras do P. Ima na rubrica “África Global” deste dia 30 de Janeiro, véspera de mais um aniversário da Igreja em Cabo Verde e a 25 anos da visita do agora Santo Papa João Paulo II ao país, em Janeiro de 1990. (DA)