Simpósio internacional debate cultura do encontro à luz do Concílio


Roma (RV) – “A cultura do encontro, a 50 anos do Concílio Vaticano II” é o tema do Simpósio internacional que terá lugar na Cúria Geral dos Orionitas, em Roma, nos dias 20 e 21 de janeiro. O evento, que reunirá especialistas da Espanha, Costa do Marfim, Índia, Albânia, Polônia e Itália, se insere no âmbito da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, celebrada de 18 a 25 de janeiro no Hemisfério Norte.

Um momento de oração e testemunho conduzido pelo sacerdote copta, Padre Gabriel Antonio, abrirá os trabalhos, que durante dois dias abordarão temas como o diálogo entre as diversas confissões cristãs e a relação com as outras religiões em diversos cenários mundiais como os Bálcãs, a Ásia, África e Europa.

O Vigário Geral da Obra de Dom Orione e encarregado do ecumenismo, Padre Achille Morabito, explica que o simpósio internacional permite “uma escuta mútua, um conhecimento recíproco, um apreçamento e uma acolhida”, “daquele que não pensa como eu”. Para que o diálogo ocorra – precisou ele – são necessárias condições, como o respeito pelo outro, e os famosos “4 pilares” indicados pela Pacem in Terris. De fato, em 11 de abril de 1963, João XXIII assinava a Encíclica que enunciava “a verdade, a justiça, a liberdade e a solidariedade” como pilares básicos para a convivência pacífica entre os povos, culturas e religiões.

“Todas as guerras – avalia o sacerdote – partem da desvalorização do outro, do inimigo, do diferente, que sente-se assim autorizado a tratar como um ser inferior, se não até mesmo como se não fosse um ser humano: daqui surgem os extermínios, as torturas, as humilhações”. O verdadeiro diálogo pode nascer somente quando o outro  deixar de ser visto como “inimigo, alguém a ser explorado, um descarte”, e a pessoa for colocada no centro, observou o orionita.

“Diálogo ecumênico e diálogo inter-religioso – prossegue – podem e devem fazer muito para construir aquela que Paulo VI chamava de ‘civilização do amor’. Junto com o diálogo, porém, urgem respostas sobre a dignidade da pessoa, de todas as pessoasm enquanto pessoas”.

Estão previstos, entre outros, os pronunciamentos do Pastor da Igreja Valdese, Paolo Ricca e visitas à Igreja Anglicana da Praça de Espanha e de Santo Atanásio, no Colégio Grego. (JE)








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