a critério da Tchuuuuuuu


Palo (RV) – O segundo evento de Francisco na região do tufão Haiyan/Yolanda, neste sábado, foi o almoço com os sobreviventes da tempestade tropical. Depois da missa, o Papa deixou a cidade de Tacloban e percorreu 12 km de papamóvel até a residência do Arcebispo de Palo, Dom John F. Du. Ali, cerca de 30 familiares de vítimas do tufão, entre os quais alguns seminaristas, almoçaram com o Pontífice.

De lá, ele seguiu para o Centro “Papa Francisco”, destinado aos pobres. Esta estrutura, parcialmente em construção, é administrada por uma comunidade carismática coreana. Francisco foi acolhido por cerca de 50 órfãos e idosos e abençoou o Centro.

O Papa prosseguiu para a Catedral de Palo, para um encontro com Bispos, sacerdotes, seminaristas e famílias dos sobreviventes do tufão.

Francisco se dirigiu a eles com palavras de gratidão. Agradeceu pelo empenho de quem trabalhou para retirar os escombros, para visitar os doentes e os moribundos, confortar os atribulados e para enterrar os mortos. O Papa manifestou sua gratidão pela ajuda recebida de muitas pessoas de todo o mundo para as obras de reconstrução. Agradeceu ainda a sacerdotes e religiosos que corresponderam, com generosidade, às desesperadas carências das pessoas dos locais mais intensamente atingidos.

De modo especial, o Papa agradeceu aos jovens presentes, incluindo os seminaristas e os consagrados, que demonstraram uma generosidade heróica nas circunstâncias subsequentes ao tufão.

Esta calamidade, recordou ele, fez com muitos filipinos sofressem não só pela destruição causada, mas também pela perda de membros da família e amigos. “Hoje, confiamos à misericórdia de Deus aqueles que morreram e invocamos a sua consolação e a sua paz para aqueles que ainda choram. Recordamos de maneira especial a quantos de sentem dificuldade em ver o caminho a seguir.”

Francisco enalteceu a profunda fé e a capacidade de renascimento do povo filipino, e pediu que as inúmeras histórias pessoais de bondade e sacrifício, surgidas daqueles dias da tragédia, sejam recordadas e transmitidas às futuras gerações.

A seguir, o Pontífice mencionou a visita que fez minutos antes ao  Centro para os Pobres. E depois de tantos agradecimentos, um pedido:

“Hoje, a partir deste lugar que experimentou um sofrimento e uma carência humana tão profundos, peço que se faça mais pelos pobres. Peço sobretudo que os pobres do país inteiro sejam tratados de forma equitativa, que a sua dignidade seja respeitada, que as abordagens políticas e econômicas sejam justas e inclusivas, que as oportunidades de emprego e educação sejam desenvolvidas e que sejam removidos os obstáculos na prestação dos serviços sociais.”

O critério com que tratarmos os pobres, advertiu o Papa, será o mesmo com que seremos julgados:

“Peço a todos vós e a quantos são responsáveis pelo bem da sociedade que reafirmem o compromisso com a justiça social e o resgate dos pobres, tanto aqui como em toda a nação filipina”, completou ele, constatando que “são muitos” os desfavorecidos no país.

Após a bênção, o Papa cumprimentou os benfeitores que financiaram a reestruturação do teto da Catedral e a restruturação de algumas igrejas destruídas pelo tufão.

Terminado o encontro, Francisco tomou o avião de volta a Manila e o fez ainda com a luz do dia, já o aeroporto local não tem condições de operar com baixa luminosidade devido aos estragos provocados pela passagem do tufão Haiyan/Yolanda.  Em Manila, o Papa seguiu diretamente para a Nunciatura Apostólica.








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