Bispos da França condenam ataque contra semanário


Paris (RV) – Duras as condenações de todo o mundo ao ataque ocorrido esta manhã (07/01) em Paris, quando um comando de homens encapuzados e armados com fuzis kalashnikov invadiu a sede da revista satírica Charlie Hebdo, matando ao menos 12 pessoas, entre as quais 10 jornalistas e dois policiais. Vídeos gravados por testemunhas revelam que o grupo saiu do prédio gritando “Alá é grande”.

A Conferência Episcopal da França condenou duramente o ataque, qualificando-o como “injustificável”. Em uma nota, o Secretário e Porta-voz dos bispos, Olivier Ribadeau Dumas, exprimiu o “horror do episcopado” pelo ocorrido e proximidade aos familiares das vítimas e dos funcionários do semanário.

“Nada pode justificar tamanha violência que golpeia a liberdade de expressão, elemento fundamental da nossa sociedade”, diz a nota, exortando a opinião pública a não se deixar levar pela cólera: “Nesta situação devemos mais do que nunca nos concentrar na fraternidade fragilizada e na paz, que sempre tem necessidade de ser consolidada”

A Liga Árabe e organizações muçulmanas também condenaram o ataque. O Conselho Francês da Fé Muçulmana classificou o atentado como um "ato bárbaro de extrema gravidade". A Universidade de al-Azhar, maior centro teológico do islamismo sunita, com sede no Cairo, condenou em um breve comunicado o atentado considerando-o como “ato criminoso” e reiterou que o Islã rejeita qualquer ato de violência”.

Em apoio às vítimas do atentado que matou, entre outros, o Diretor da publicação, Stephane Charbonnier, e os cartunistas Georges Wolinski e Cabu, muçulmanos têm utilizado as redes sociais para rechaçar a violência e reforçar a ideia de que o radicalismo religioso não os representa. Para isso, muitos usam a hashtag #NotInOurName ("Não em nosso nome", em tradução livre). (JE)








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