A Epifania do Senhor


Cidade do Vaticano (RV) – No nosso especial 20 Anos da Publicação do Novo Catecismo, o Padre Gerson Schmidt nos traz hoje uma reflexão sobre a Epifania:

“Amado ouvinte!

Um novo ano despertou! Depois das festas e fogos que saudavam o ano vindouro, celebramos, na Igreja a Festa dos Reis magos, que liturgicamente, chamamos de Epifania, ou seja, a manifestação de Cristo aos povos, ao mundo, às nações, cada qual simbolizada numa das raças dos reis que vieram do Oriente. A tradição da Igreja bem julgou que um rei era branco, outro rei era negro e outro cor de jambo, colocando assim diante de Cristo todos nós, na variedade de línguas e povos. “A epifania – diz o Catecismo - é a manifestação de Jesus como Messias Israel, Filho de Deus e Salvador do mundo. Com o Batismo de Jesus no Jordão e com as bodas de Caná, Galiléia das nações (povos pagãos), não em Jerusalém, a epifania celebra a adoração de Jesus pelos "magos" vindos do Oriente. Nesses "magos", representantes das religiões pagãs vizinhas, o Evangelho vê as primícias das nações que acolhem a Boa Nova da salvação pela Encarnação. A vinda dos magos a Jerusalém para "adorar ao Rei dos Judeus" mostra que eles procuram em Israel, à luz messiânica da estrela de Davi, aquele que será o Rei das nações [a50] . Sua vinda significa que os pagãos só podem descobrir Jesus e adorá-lo como Filho de Deus e Salvador do mundo voltando-se para os judeus, recebendo deles sua promessa messiânica, tal como está contida no Antigo Testamento. A Epifania manifesta que “a plenitude dos pagãos entra na família dos patriarcas e adquire a dignidade do Povo Eleito”.

É conhecida, em tantos lugares e recantos brasileiros, a Festa dos Reis Magos, a festa dos Santos reis, onde grupos folclóricos, nas noites e madrugadas cantam o “Terno de Reis”, antiga cantoria saudando a chegada do Deus menino. É, sem dúvida, um costume salutar essa prática, enquanto resgatar o essencial, que é a fé de que Deus está habitando no meio da gente. Importante aqui evitar o exageros de comidas e bebidas nessas cantorias noturnas. As vigílias e serestas a noites do terno de reis devem evidenciar a chegada de Cristo Rei.

Seguir a Estrela guia não significa a consulta aos astros, na astrologia ou cartomancia. De modo algum. Significa descobrir os sinais de Deus na história dos homens. Veja bem, ouvinte, a Palavra e vê os passos significativos dos Reis  Magos. Primeiro, o que os magos fazem:  Interpretar os sinais de Deus na natureza, na história; segundo – seguir o sinal de Deus, o dedo de Deus nos guiando, passo por passo, como seguirem a estrela-guia; terceiro – procurar saber bem sua localização, como fizeram os magos, consultando as pessoas; Quarto passo importante – encontrar o Rei do Universo; Quinto Passo – oferecer dons; sexto – adorar o Rei dos Reis; sétimo passo dessa festa da Epifania – voltar para casa renovado, com o Salvador dentro de nós; E oitavo ponto – voltar por outro caminho, mudando de vida, como fizeram também os reis, de evitarem voltar pelo caminho de Herodes que queria matar o menino-rei. Esses pontos podem ser um fantástico programa para 2015. Nesse ano novo, amigo,amiga: Perceba Deus te falando na história; caminhe para encontrá-lo; informe-se bem; vá ao seu encontro e lhe oferte seu coração e sua vida; adore-o em espírito e verdade, como ele mesmo pediu; volte para sua casa, seu lugar, seu chão, renovado e mudando de trajetória errante para um caminhar de vida. Coragem. Deus te ama. Ainda em tempo: Um Ano Novo feliz a todos.

Deus te abençoe”.








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