20 anos do assassinato de 4 Padres Brancos na Argélia


Argel (RV) – Para recordar os 20 anos do brutal assassinato de quatro sacerdotes pertencentes aos Padres Brancos (Missionários da África), foram organizadas em Tizi Ouzou  - importante centro de Cabilia, distante 100 quilômetros de Argel -, conferências, mostras fotográficas, encontros de reflexão e, obviamente, momentos de oração.

Foi um evento trágico, porém menos conhecido do que o martírio dos sete monges trapistas de Tibhirine, sequestrados entre 26 a 27 de março de 1996 e assassinados em 21 de maio do ano seguinte. Todavia, a notícia da morte dos quatro sacerdotes por radicais islâmicos, ocorrida em 27 de dezembro de 1994, abalou o clima de Natal da época, com repercussão internacional. No dia seguinte ao assassinato, o próprio Papa João Paulo II, ao final da Audiência Geral, expressou sua solidariedade espiritual aos fiéis argelinos.

De fato, o testemunho dos quatro missionários – três franceses, Alain Dieulangard (75 anos), Jean Chevillard (69), Christian Chessel (36) e um belga, Charles Deckers (70) — foi recordado por ex-alunos, amigos e confrades, em 26 e 27 passado, com uma série de iniciativas na Maison des Pères Blancs, de Tizi Ouzou. Padre Chessel, o mais jovem do grupo, havia chegado ao país há apenas dois anos.

Com seu sangue, os quatro sacerdotes encarnaram até as últimas consequências o carisma dos Missionários da África, congregação hoje difundida em todo o mundo e fundada justamente na Argélia, em 1868, pelo Arcebispo de Argélia,  Cardeal Charles-Martial Allemand Lavigerie.

Os católicos no país somam cerca de 50 mil fiéis. Seus esforços são voltados em primeiro lugar à promoção da vida e ao nem sempre fácil diálogo com o mundo islâmico. (JE)








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