Igreja Sírio-católica publica documento final do Sínodo


Roma (RV) – Os chefes das grandes potências e os governantes do Iraque devem “apressar a libertação de Mosul e da Planície do Nínive” dos jihadistas do Estado Islâmico para permitir que os refugiados possam voltar a viver em suas casas em paz e segurança. Com este apelo inicia o documento divulgado pelos Bispos da Igreja Sírio-católica ao final do seu Sínodo anual, concluído nesta quarta-feira, em Roma, sob a presidência do Patriarca de Antioquia dos Sírios, Sua Beatitude Ignace Youssif III.

O texto, articulado em 9 pontos, traz uma síntese do Sínodo, expressando expectativas, considerações e projetos dos pastores da Igreja Católica de rito oriental em relação ao momento vivido pelas populações do Oriente Médio, com particular referência às dificuldades e sofrimentos enfrentados pelas comunidades cristãs locais.

Fraternidade entre religiões

Os bispos sírio-católicos – reporta a Agência Fides – expressam grande satisfação pela declaração final da Conferência sobre o terrorismo realizada na última semana na Universidade sunita de al-Azhar, no Cairo. No documento, líderes religiosos reafirmam com veemência a necessidade de salvaguardar a convivência fraterna entre cristãos e muçulmanos nos países árabes e de tutelar a sua plena igualdade do ponto de vista social e civil.

Os bispos da Igreja Sírio-católica defendem a implementação dos princípios expressos na Declaração de al-Azhar, convidando os governos a reconsiderar, em tal perspectiva, as políticas referentes às diversas componentes religiosas e étnicas, chamando também a atenção das instituições educativas para rever os currículos escolares e livrá-los de todo conteúdo discriminatório em relação às comunidades não-muçulmanas.

Páscoa em comum

No documento, os bispos reafirmam ainda o direito dos palestinos de constituir um Estado independente e anunciam a criação de uma comissão ad hoc encarregada de intensificar o diálogo ecumênico com os cristãos sírio-ortodoxos, na perspectiva da plena comunhão. Por fim, é manifestado o pleno apoio à proposta – recentemente lançada também pelo Patriarca Copta-ortodoxo Tawadros II – de encontrar uma data para a celebração da Páscoa que seja comum a todas as Igrejas e comunidades cristãs. (JE)








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