Igreja nos EUA condena torturas da CIA


Washington (RV) – A Igreja Católica nos Estados Unidos condenou as práticas de tortura relatadas no Relatório da Comissão de Inteligência do Senado, que investigou os métodos utilizados pela Cia contra terroristas na era do Presidente George Bush. Métodos “inequivocadamente errados”, que “violaram a dignidade doada por Deus a cada ser humano”, declarou Dom Oscar Cantu, Presidente da Comissão Justiça e Paz da Conferência Episcopal (Usccb). Ele pediu ao Presidente Obama leis mais duras contra a tortura “para garantir que o aconteceu não se repita no futuro”.

Métodos desumanos

Já a Diretora-Executiva de Pax Christi nos Estados Unidos, Ir. Patricia Chappell, declarou-se “indignada pela falta de integridade moral de indivíduos que justificam o uso da tortura em nome da segurança nacional”. Por sua vez, os missionários de Maryknoll recordam que a tortura é um método “terrificante e desumanizador que deve ser abolido”.

O relatório

O Comitê de Inteligência do Senado divulgou nesta terça-feira o resumo de um relatório sobre o programa de interrogatórios da CIA, elaborado por espiões americanos de alto escalão após os ataques de 11 de setembro de 2001. De acordo com o documento, a CIA enganou os americanos sobre o que estava fazendo e, ao utilizar técnicas coercivas de interrogatório, falhou em conseguir informações que impedissem novas ameaças.

Em comunicado, a agência de inteligência insistiu que os interrogatórios ajudaram a salvar vidas. No entanto, a própria CIA reconheceu que houve erros no programa, especialmente no início, quando não estava preparada para a escala da operação de detenção e interrogatório de prisioneiros. O programa aconteceu entre 2002 e 2007, durante a presidência de George W. Bush.

(BF)








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