Migração: o desafio do acolhimento no Brasil


Cidade do Vaticano (RV) – No Angelus do último domingo, Francisco falou do tempo do Advento como um período maravilhoso que desperta em nós a espera pelo retorno de Cristo e a memória de sua histórica vinda.

O Papa lembrou, no entanto, que não podemos ser mensageiros da consolação de Deus se não sentirmos, antes de tudo, a alegria de ser consolados e amados por Ele.

Na prática, prosseguiu o Papa, “hoje há tanta necessidade de pessoas que sejam testemunhas da misericórdia e da ternura do Senhor, que chacoalha os acomodados, reanima os que não têm confiança, acende o fogo da esperança. Nosso testemunho e consolo podem ser importantes hoje em muitas situações, por exemplo, junto a quem está oprimido por sofrimentos, injustiças e abusos; com aqueles que são escravos do dinheiro, do poder, do sucesso, da mundanidade. Todos somos chamados a consolar nossos irmãos, testemunhando que somente Deus pode eliminar as causas dos dramas existenciais e espirituais”.

Evangelii Gauidum

Este chamado de Francisco está contido também em sua Exortação Apostólica, Evangelii Gaudium, recordando que “todos os cristãos somos chamados a cuidar dos mais frágeis da Terra”.

Para o Papa, embora aparentemente não nos traga benefícios tangíveis e imediatos, é indispensável prestar atenção e debruçar-nos sobre as novas formas de pobreza e fragilidade, nas quais somos chamados a reconhecer Cristo sofredor.

Os migrantes, prossegue ele, “representam um desafio especial para mim, por ser Pastor duma Igreja sem fronteiras que se sente mãe de todos. Por isso, exorto os países a uma abertura generosa, que, em vez de temer a destruição da identidade local, seja capaz de criar novas sínteses culturais. Como são belas as cidades que superam a desconfiança doentia e integram os que são diferentes, fazendo desta integração um novo fator de progresso!”.

Para a Diretora do Instituto Migrações e Direitos Humanos, Ir. Rosita Milesi, que é também membro do Setor Mobilidade Humana da CNBB, a migração no Brasil representa mais do que um desafio, mas um chamado à solidariedade. Clique acima para ouvir.

(BF)








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