África do Sul lembra um ano da morte de Mandela


Cidade do Vaticano (RV) – Em um momento em que a democracia da África do Sul tenta buscar novo fôlego após 20 anos das primeiras eleições livres, a Fundação Nelson Mandela convida o país a “fazer barulho” nesta sexta-feira, 05/12, para lembrar o primeiro aniversário da morte de Nelson Mandela.

“Serão seis minutos e sete segundos de muito barulho, seguidos de três minutos de silêncio que representarão os 67 anos em que Nelson Mandela viveu a serviço da África do Sul, como combatente clandestino, prisioneiro e político”, lê-se em uma nota da Fundação.

Recentes intervenções populares no Parlamento sul-africano, nomeadamente do partido de oposição Combatentes pela Liberdade Econômica, colocaram em xeque o governo e abriram precedentes para se falar em uma crise institucional na África do Sul.

Soma-se a isto o escândalo envolvendo o presidente Jacob Zuma que teria gastado dinheiro do Estado na construção de uma propriedade privada de luxo no campo. “Isso que estamos vendo nunca teria acontecido se fosse Mandela”, disseram alguns estudantes às agências de notícias.

O Papa João Paulo II, durante visita apostólica à África do Sul em 1995, quando Mandela já estava no segundo ano de seu mandato como presidente,  destacou os desafios pelos quais o país passava, numa mensagem que ainda hoje apresenta atualidade.

“A África do Sul se define uma “Nação Arco-íris”, fazendo referência à diversidade das raças, dos grupos étnicos, das línguas, das culturas e das religiões que caracterizam o país. A guiar o povo temos o profundo conceito de ubuntu: “as pessoas se tornam pessoas por meio das outras pessoas”. Nisso, é fundamental, o compromisso do governo de Unidade Nacional em fazer com que todos os cidadãos façam parte de uma sociedade unida, justa e mais próspera”. (RB)








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