Papa Francisco: O Espírito Santo cria unidade e supera toda divisão


Istambul (RV) - Na parte da tarde, deste segundo dia da sua Viagem Apostólica à Turquia, o Santo Padre visitou a Catedral de Istambul, dedicada ao Espírito Santo, à qual doou um cálice de prata e uma casula.

A celebração, que teve diversos rituais latinos e orações em diversas línguas, contou com a participação especial do Patriarca Ecumênico, Bartolomeu I, do Patriarca siro-católico, Ignazio III Younan e, entre outros, de um numeroso grupo de sacerdotes, religiosos e religiosas, representantes das comunidades eclesiais paroquiais e de algumas confissões evangélicas.

Durante a celebração Eucarística, o Papa  Francisco pronunciou a sua homilia, partindo do Evangelho de hoje, que apresenta Jesus, ao homem sedento de salvação, como a fonte onde saciar a sede, a rocha da qual o Pai faz brotar rios de água viva para todos os que creem n'Ele. Com esta profecia, proclamada publicamente em Jerusalém, Jesus preanuncia o dom do Espírito Santo, que os seus discípulos receberiam após a sua glorificação. E o Papa afirmou:

O Espírito Santo é a alma da Igreja, que dá a vida, suscita os diversos carismas, que enriquecem o Povo de Deus e, sobretudo, cria a unidade entre os fiéis, tornando todos um único corpo, o Corpo de Cristo. Toda a vida e missão da Igreja dependem do Espírito Santo”.

A nossa própria profissão de fé, afirmou o Pontífice, só é possível se for sugerida pelo Espírito Santo. É graças a Ele que rezamos, que rompemos o círculo do nosso egoísmo, que descobrimos a capacidade incomum de perdoar e amar o irmão.

Com efeito, considerou o Papa, os diversos carismas, que o Espírito Santo suscita na Igreja, constituem uma imensa riqueza, porque Ele é Espírito de Unidade, que não significa uniformidade, na diversidade e na multiplicidade. Nós  causamos particularismos, exclusivismos e divisão, mas se nos deixarmos guiar por ele, a riqueza, a variedade, a diversidade jamais se tornarão conflito, porque Ele nos impele a viver a variedade na comunhão da Igreja. E o Pontífice explicou:

O Espírito Santo cria a unidade da Igreja: unidade na fé, unidade na caridade, unidade na coesão interior. A Igreja e as Igrejas são chamadas a deixar-se guiar pelo Espírito Santo, colocando-se numa atitude de abertura, docilidade e obediência. Trata-se de uma visão de esperança, mas, ao mesmo tempo, fadigosa. Nós, cristãos nos tornamos autênticos discípulos missionários, se nos deixarmos conduzir pelo Espírito, que é frescor, criatividade, novidade”.

No nosso caminho de fé e de vida fraterna, quanto mais nos deixarmos guiar humildemente pelo Espírito do Senhor, tanto mais superaremos as incompreensões, as divisões e as controvérsias, e nos tornaremos sinais críveis de unidade e de paz.

Com esta jubilosa certeza, o Papa Francisco concluiu sua homilia saudando e agradecendo a presença de todos, de modo particular,  o Patriarca Siro-Católico, o Patriarca de Constantinopla, Sua Santidade Bartolomeu I, o Metropolita Siro-Ortodoxo, o Vigário Patriarcal Arménio Apostólico, o Patriarca Arménio Apostólico Mesrob II e os responsáveis das Comunidades Protestantes, que quiseram participar desta celebração.

Ao término da celebração Eucarística o Santo Padre deixou a Catedral de Istambul e se dirigiu para o “Phanar”, sede do Patriarcado Ecumênico, onde, na igreja de São Jorge, participa de um encontro de Oração Ecumênica com o Patriarca Bartolomeu I. (MT)

 








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