Papa Francisco: a missão de sair e ouvir o grito dos pobres


Cidade do Vaticano (RV) – Em sua série de audiências, o Santo Padre recebeu na manhã deste sábado (22), na Sala Paulo VI, no Vaticano, cerca de 800 participantes no Congresso Missionário Nacional da Igreja na Itália, que, desde a última quinta-feira, 20, estão debatendo o tema: “Levanta e vai a Nínive, a grande cidade onde o Evangelho se torna encontro”.

Em sua saudação aos numerosos presentes, o Papa partiu precisamente do tema, debatido nestes três dias de Congresso “Vai a Nínive, a grande cidade”, esclarecendo que o profeta Jonas, depois deste mandato divino, fugiu, por medo de cumprir aquela missão. Mas, depois, vai a Nínive, onde Deus mostrou a sua misericórdia e a cidade se converteu.

Com efeito, a misericórdia de Deus muda a história dos indivíduos e até dos povos. Este convite feito ao profeta Jonas, foi dirigido pelo Pontífice a todos nós, porque todas as gerações são chamadas a serem missionárias. E referindo-se à sua Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, onde fala da “Igreja em saída”, Francisco disse:

“Uma Igreja missionária não pode não ser uma Igreja em saída, pois ela não tem medo de encontrar, de descobrir as novidades, de falar da alegria do Evangelho a todos, sem distinção. Vocês representam o espírito da missão “ad gentes”, que deve se tornar o espírito da missão Igreja no mundo: sair, ouvir o grito dos pobres e dos distantes, encontrar todos e anunciar a alegria evangélica”.

Por isso, o Bispo de Roma convidou os participantes no Congresso missionário italiano, a se dedicar, com paixão, para manter sempre vivo este espírito. A missão é uma tarefa de todos os cristãos. A nossa vocação cristã nos impele a sermos portadores deste espírito missionário, para que haja uma verdadeira “conversão missionária” em toda a Igreja.

A seguir, o Santo Padre recordou que a Igreja italiana sempre enviou leigos e sacerdotes “fidei donum”, que escolhem dedicar a sua vida para a edificação da Igreja nas periferias do mundo, entre os pobres e excluídos da sociedade. Este é um dom para a Igreja católica e para os povos. Por fim, o Bispo de Roma exortou:

“Exorto-os a não deixarem “roubar a esperança” e o sonho de mudar o mundo com o Evangelho, a partir das periferias humanas e existenciais. Sair pelo mundo significa superar a tentação de apenas falar entre nós, mas de ir ao encontro de tantas pessoas que esperam de nós uma palavra de misericórdia, consolação e esperança. O Evangelho de Jesus se realiza na história dos homens: entre os pobres, enfermos, endemoniados, pecadores, prostitutas.”

O Papa concluiu seu pronunciamento, animando os fiéis a intensificarem o espírito missionário e o entusiasmo da missão, sem se desencorajar pelas dificuldades, pelo pessimismo, pelas perseguições. Pelo contrário, a caminhar com esperança, apesar das misérias, das guerras, das violências das nossas cidades e do anonimato de tantos idosos e crianças. Enfim, a serem artífices da paz e testemunhas do amor e da misericórdia de Deus!

(MT)








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