Santa Sé: migrações são um recurso, não um problema


Roma (RV) - O Presidente do Pontifício Conselho para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes pediu, em Roma, que se superem os preconceitos e a hostilidade em relação aos imigrantes. “Nesta era de migrações sem precedentes, existe por vezes uma tendência de olhar o estrangeiro com receio e temor. Em vez de acolhimento e solidariedade, os movimentos migratórios suscitam receio e hostilidade, desconfianças e preconceitos”, disse o Cardeal Antonio Maria Vegliò, na abertura do 7º Congresso Mundial promovido pelo Pontifício Conselho.

A iniciativa, em curso até a próxima sexta-feira na Universidade Pontifícia Urbaniana, tem como tema ‘Cooperação e desenvolvimento na pastoral das migrações’. Ao abrir a conferência, Dom Vegliò não ignorou as problemáticas de natureza social, econômica, politica, cultural e religiosa provocadas pelos fluxos migratórios. Porém, observou, também não podem ser ignoradas as possibilidades de cooperação e desenvolvimento que os migrantes carregam consigo.

“A inserção dos migrantes nos países de acolhimento tem a capacidade de criar riqueza para esses mesmos países e, ao mesmo tempo, oferecer oportunidades de formação, informação, trabalhos para os migrantes”, afirmou. Para isso, advertiu o Cardeal Vegliò, “não se deve medir o desenvolvimento somente em termos de crescimento econômico ou de outros indicadores financeiros”.

Participam do evento especialistas de 93 países, inclusive do Brasil. Além de responsáveis eclesiais católicos e enviados de organizações internacionais, movimentos eclesiais e associações, estão presentes delegados do Conselho Ecumênico das Igrejas, do Patriarcado Ecumênico, da Comunhão Anglicana e da Federação Luterana Mundial. O Papa Francisco vai receber os participantes deste congresso no último dia do encontro, no Vaticano. 

(BF)








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