Angelus: "A graça de Jesus é para ser distribuída, não para se guardar no cofre"


Cidade do Vaticano (RV) – A Parábola dos Talentos, narrada no Evangelho de Mateus (25,14-30), foi o centro da reflexão feita pelo Papa neste domingo, 16. Milhares de pessoas encheram a Praça São Pedro para acompanhar a oração dominical do Angelus nesta bonita manhã de sol.

A Parábola conta a história de um homem rico que, se ausentando de seu país, chama seus servos e lhes dá talentos – moedas antigas de grande valor - para que administrem enquanto estiver fora. Cada um desses homens recebeu uma quantidade. Depois de muito tempo, o patrão volta e acerta contas com os três homens incumbidos de administrar suas riquezas. Dois deles fizeram o dinheiro render, mas aquele que recebeu menos foi duramente criticado e punido, pois, com medo de perder tudo, enterrou o talento recebido.

Francisco explicou que o senhor da Parábola é Jesus Cristo, que nos doa muitos talentos (a sua Palavra, a Eucaristia, e fé, o seu perdão... seus bens mais preciosos) para usarmos e multiplicarmos em nossa vida e, principalmente, para o seu Reino.  

“Jesus não nos pede para guardar a sua graça no cofre, mas sim que a usemos para o bem dos outros. Mas nós, o que fazemos dela? Quantos contagiamos com a nossa fé? Quantas pessoas encorajamos com a nossa esperança? Quanto amor compartilhamos com o próximo? Qualquer lugar, mesmo distante e inacessível, pode ser um lugar onde frutificar talentos. Não existem situações ou ambientes incompatíveis com a presença e o testemunho cristão”.

O Papa Francisco convidou fiéis, turistas e romanos na Praça São Pedro a lerem esta Parábola, que nos convida a não esconder a nossa fé e a nossa pertença a Cristo, a não ‘enterrarmos’ a Palavra do Evangelho, mas a fazê-la circular em nossa vida e em todas as situações. E o mesmo vale para o perdão:

“Deixemos que o perdão ‘solte’ a sua força, que abata os muros que o nosso egoísmo levanta, que nos faça dar ‘o primeiro passo’ nos relacionamentos interrompidos, retomar o diálogo aonde não há mais comunicação...”.

Completando a reflexão, o Papa disse que o Senhor não dá a todos as mesmas coisas e da mesma maneira, porque Ele nos conhece pessoalmente e a cada um confia o que é mais justo; mas tem em todos nós a mesma, idêntica confiança.

“Deus confia em nós, Deus tem esperança em nós, e isso é igual para todos! Não o desiludamos, não nos deixemos enganar pelo medo, mas retribuamos com confiança a sua confiança!”.  

Após estas palavras, Francisco rezou a oração do Angelus e concedeu a sua benção apostólica a todos.

(CM)








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