Primeira Igreja dedicada à Beata Assunta Marchetti fica no Brasil


Mirassol (RV) - A cidade onde Assunta Marchetti viveu por doze anos, quando trabalhou a serviço dos doentes, pobres e necessitados na Santa Casa de Misericórdia, vai receber a primeira Igreja no mundo dedicada à ela. Foi também em Mirassol, interior de São Paulo, que a beata realizou o seu último trabalho missionário (1935-1947), vindo a falecer no Orfanato da Vila Prudente - SP, em 1948. 

No último domingo (9), uma celebração eucarística na cidade, presidida pelo Bispo da Diocese de São José do Rio Preto, Dom Tomé Ferreira da Silva, marcou o início da construção. O terreno onde será erguida a Igreja, pertencente à Paróquia Santa Rita, no Parque das Flores, ficou lotado de fieis, entre religiosas de diferentes congregações e padres diocesanos que vieram em caravanas de outros Estados brasileiros.

Na homilia, Dom Tomé ressaltou as virtudes de Assunta Marchetti, recém-beatificada na Catedral da Sé, em São Paulo (em 25 de outubro). Ele a denominou ‘beata de Mirassol’. Lembrou, ainda, que as Irmãs foram trazidas para a Santa Casa a pedido de Dom Lafaete Libânio. “Madre Assunta fazia não só os seus deveres e as suas obrigações, mas se oferecia e fazia o trabalho de outras irmãs para que pudessem descansar um pouco. Fazia trabalhos de outros funcionários para que repousassem e não se dava o direito de repouso”, disse o Bispo. Ressaltou que a sua vida de oração se percebia pelos momentos vividos na Capela do Hospital, além do terço que não saía de suas mãos, mesmo durante o trabalho. “Hoje, reconhecida como bem-aventurada, a diocese de Mirassol fica com a sua relíquia. É como se ela voltasse para esta cidade, para a Santa Casa e viesse espiritualmente nos fortalecer para que a santidade de nossa vida possa suscitar outros filhos de Deus, outros amigos de Jesus cristo”, acrescentou Dom Tomé.

Para o pároco da Paróquia Santa Rita de Cássia, onde a Capela será construída, a beatificação de Assunta Marchetti  é uma mensagem que lembra a todos da possibilidade de viver a santidade, assim como a beata viveu. Padre Vanderlei Moncegatti, disse que, “para mim, como cristão e como padre, é uma benção ter alguém que pisou no nosso chão, na nossa terra, na nossa cidade, cuidou das nossas crianças, dos nossos doentes, dos nossos mendigos, ser proclamada e elevada aos altares da Igreja”.  

Já a Superiora Provincial da Província Nossa Senhora Aparecida, das Irmãs Missionárias de São Carlos Borromeo-Scalabrinianas, Irmã Sandra Maria Pinheiro, disse: “hoje, além de nos reunirmos para fazer o lançamento da pedra fundamental da capela dedicada à bem-aventurada Madre Assunta, nos reunimos também pra acolher a relíquia do seu corpo santificado, a qual poderá ser visitada e venerada aqui nesta Paróquia”, afirmou ela.

Ao final da Celebração, o espaço aberto para, simbolicamente ser colocada a pedra fundamental, foi abençoado e incensado e, em seguida, foram depositados: um tijolo (representando a construção ou pedra fundamental); uma pasta, contendo os documentos da compra do terreno; e um exemplar de jornal, contendo notícias sobre o assunto e a ata da Celebração Eucarística. O buraco foi lacrado, posteriormente, cimentado, o que manterá toda essa documentação no interior da Capela após construção.

Na quarta-feira (12), no Vaticano, o Papa recebeu uma tela que retrata a beata Assunta Marchetti. A obra foi feita pela pintora oficial do Vaticano, a russa Natália Tsarkova, e feita especialmente para  beatificação, que aconteceu no último dia 25 de outubro. Natália esteve no Brasil para participar das atividades de beatificação.

(AC/CRB Nacional)








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