Dom Solari: não discriminar as escolas católicas na Bolívia


Cochabamba (RV) – Na Bolívia, o Estado dá atenção prioritária às escolas públicas e discrimina as escolas ‘privadas’. Esse é o teor da denúncia do Arcebispo Emérito de Cochabamba, Dom Tito Solari. Segundo a nota enviada à Agência Fides por fontes locais, Dom Solari explicou que a Constituição do Estado e a Nova Lei da Pública Instrução respeitam o direito dos pais sobre a escolha do tipo de educação que querem para os seus filhos. Mas, às vezes, a escolha é condicionada pela postura do governo, que discrimina os institutos escolásticos administrados pela Igreja, através das congregações religiosas ou das cooperativas.

“Os pais têm liberdade para escolher, mas tal escolha pode ser condicionada quando esses institutos não têm as mesmas condições das escolas públicas”, disse Dom Solari. “As escolas ‘privadas’ não têm nenhum apoio da prefeitura para infra-estrutura, serviços e materiais. Quando o Ministério distribui material para as escolas públicas, deveria oferecê-lo também às outras escolas, de modo que não sejam discriminadas”, acrescentou o Arcebispo.

Dom Tito Solari enalteceu ainda que a atuação prática da reforma do sistema educativo deve ser embasada na justiça, na igualdade e no serviço, e que “não exista discriminação entre estudantes, nem entre uma escola e outra, para que todos possam se sentir filhos da Bolívia, filhos do mesmo país”. 

A Bolívia está realizando uma mudança histórica em relação à educação pública no país. Muitas escolas são administradas pela Igreja (324 escolas de educação infantil, 879 de ensino fundamental e 365 de ensino médio), só aquelas da ‘Fe y Alegria’, dos jesuítas, por exemplo, são mais de 400. A Bolívia mudou a sua Constituição em 2009 com essa Lei da Pública Instrução. Em 2010, tiveram acordos importantes sobre a gestão das escolas em respeito a sua essência e agora estão gradualmente se adaptando em todo o país.

(AC)








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