O Papa Francisco recebeu hoje de manhã em audiência uma delegação de 27 membros
da Aliança Evangélica Mundial.
No discurso que lhes dirigiu, Francisco deixou-se inspirar pelas palavras de São Paulo
aos Gálatas que exprimem a fé e a esperança comum de todos os cristãos. E salientou
que o Baptismo, através do qual participamos dos frutos da morte e ressurreição de
Cristo, é um inestimável dom divino comum a católicos e evangélicos. Recordou também
que assim como o Senhor nos precede com a sua graça e o seu amor para com cada um
de nós e para com o mundo, assim também nos precede no mistério da unidade da Igreja.
O Papa recordou depois que os cristãos se dividiram desde o início e que ainda hoje
permanecem rivalidades, o que deturpa a beleza da única túnica de Cristo, mas não
deturpa completamente a unidade gerada em todos através do baptismo. Não há, no entanto
dúvida de que a eficácia do anuncio do Evangelho seria maior se os cristãos ultrapassassem
as divisões – disse o Papa – exprimindo satisfação por saber que em várias partes
do mundo católicos e evangélicos já estabeleceram relações de irmandade e colaboração.
Bergoglio enalteceu também os esforços conjuntos entre o Pontifício Conselho para
a Promoção da Unidade dos Cristãos e a Comissão Teológica da Aliança Evangélica Mundial.
Isto – sublinhou – abre novas perspectivas, esclarecendo mal-entendidos e mostrando
caminhos para ultrapassar os preconceitos.
Citando o decreto do Concilio Vaticano II Unitatis Redintegratio, e a sua exortação
apostólica “A Alegria do Evangelho”, o Papa Francisco disse ainda esperar que o documento
“Testemunho cristão num mundo multi-religioso. Recomendações para o Comportamento”
possa ser motivo de inspiração para o anuncio do Evangelho em contextos multi-religiosos.
E concluiu manifestando o desejo de que o Espírito Santo com o seu sopro ajude na
inauguração de uma nova etapa nas relações entre católicos e evangélicos.
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