Manila (RV) – As Filipinas querem ser um país-locomotiva da Ásia na campanha
pela abolição da pena de morte: foi o que afirmaram ativistas, políticos, líderes
religiosos no âmbito da conferência continental que está se realizando ontem e hoje
em Manila. Precisamente por esse compromisso, as Filipinas, nação exemplar no continente,
guiam a I Conferência asiática internacional “Não há justiça sem vida”, focalizada
na campanha de abolição da pena capital.
Participam do encontro – destaca a
agência Fides – Ministros da Justiça de diversos países, funcionários públicos, prefeitos,
representantes religiosos, testemunhas da luta pela justiça e pelos direitos humanos
provenientes de várias nações asiáticas como Filipinas, Índia, Japão, Idonésia, Sri
Lanka, Mongólia, Laos, Camboja, Vietnã e outros.
A Conferência – organizada
pelo Departamento de Justiça das Filipinas e pela Comunidade italiana de Santo Egídio,
em colaboração com a Prefeitura de Mandaluyong, na metrópole de Manila – pretende
oferecer uma plataforma de diálogo para os países interessados em uma moratória sobre
as execuções capitais.
“Temos uma lei assinada em 24 de junho de 2006 que cancela
a pena capital”, recordou o Secretário de Jutiça do governo filipino, Leila de Lima.
Em julho de 2014 os bispo filipinos divulgaram uma nota que exprimia “contrariedade
absoluta à retomada da pena de morte”, diante da tentativa de alguns grupos de atuá-la
novamente no país.
A Conferência contra a pena de morte se realiza na Ásia
“precisamente porque a maioria dos países que mantem a pena capital se encontram neste
continente”, exlplicou à agência Fides Leonardo Tranggono, responsável pelas relacões
internacionais da Comunidade de Santo Egídio. Nos últimos anos, 114 países membros
das Nações Unidas concordaram em realizar uma moratória ou pelo fim da aplicação da
pensa de morte, enquanto 58 países ainda a aplicam, muitos na Ásia. (SP)