Bispos africanos: “respeitai a alternância democrática”
"Fechar as fronteiras não é a solução para o Ébola", afirma o comunicado final do
encontro anual da Coordenação do Simpósio das Conferências Episcopais da África e
Madagáscar (SECAM), que teve lugar de 15 a 18 de outubro em Douala, nos Camarões.
No comunicado, enviado à Agência Fides, se recordam os sofrimento das populações
dos Países africanos afectados pela febre hemorrágica e se apela a ser "inventivos"
na busca de soluções. Outra questão enfrentada pelo comunicado é a da democracia
em África, sublinhando que "a recusa da alternância democrática e a falta de respeito
pela lei fundamental são a origem de tensões e situações de desordem em vários Países
africanos". Faz-se apelo, portanto, ao "respeito pelas Constituições e pela alternância
democrática, base de todo o desenvolvimento duradouro”. Um desenvolvimento que
pode ser possível, recorda o documento, com a exploração adequada dos recursos naturais
africanos. O SECAM elogia, portanto, a iniciativa internacional para a transparência
nas indústrias extractivas e recomenda que todos os Estados africanos nela participem
e exerçam controlos rigorosos sobre as distribuições dos rendimentos minerais. O
comunicado sublinha igualmente a necessidade de abrir um escritório de ligação com
a União Africana, em Adis Abeba. O comunicado do SECAM termina com o anúncio de
um Congresso das Comissões "Justiça e Paz" africanas, a ser realizado em março de
2015, na Namíbia, sob o tema do desenvolvimento humano integral. (BS)