2014-10-22 20:36:31

Dom Auza na ONU: "prevenir novos genocídios no Iraque e Síria"


Nova Iorque (RV)RealAudioMP3 Do apoio ao nascimento do Estado Palestino à dramática situação síria, libanesa e iraquiana, passando pela resposta ao terrorismo internacional, ao referir-se ao autodenominado “Estado Islâmico”. Foram alguns dos tópicos abordados pelo Observador Permanente da Santa Sé nas Nações Unidas, no pronunciamento sobre o Oriente Médio, realizado na terça-feira, 21, diante do Conselho de Segurança da ONU.

Dom Auza defendeu que Israel e Palestina, com o apoio da ONU e da comunidade internacional, devem trabalhar juntos em direção a um objetivo final: a realização do direito dos palestinos em ter um Estado próprio, soberano e independente, e o direito dos israelenses em viver em paz e segurança. O Observador Permanente da Santa Sé foi claro nos tons e conteúdos de seu pronunciamento, também quando pediu às partes em luta na Síria – onde metade da população tem necessidade de assistência e cerca de 1/3 é refugiada – de cessar as maciças violações do direito humanitário internacional e dos direitos humanos fundamentais, e pede o apoio da comunidade internacional para que se chegue a uma solução.

Também foi pedida a solidariedade internacional em relação ao Líbano, gravemente atingido pela crise síria e pela presença maciça de refugiados. Ao mesmo tempo, confirmando o seu pleno apoio a um Líbano soberano e livre, Dom Auza exorta a classe política do país a encontrar o mais breve possível uma solução para a nomeação do Presidente da República. “O Líbano – lê –se – é “uma mensagem”, “um sinal” pleno de esperança para a convivência entre os diversos grupos que o compõe”.

O Arcebispo se dirige então aos órgãos competentes das Nações Unidas para que previnam novos genocídios por obra do “Estado Islâmico” e para que assistam ao crescente número de refugiados. O apelo da Santa Sé é, em particular, pela tutela das minorias, entre as quais as comunidades cristãs, vitimadas pela sua origem étnica e crença religiosa. “A Santa Sé – escreve – insiste no respeito pelo direito destas comunidades e de todos os refugiados a retornarem às suas casas e viverem em dignidade e segurança”. Por fim, o desejo de que as Nações Unidas reajam à escalada do fenômeno do terrorismo através do reforço do quadro jurídico internacional para que exista uma responsabilidade comum pela proteção das pessoas do genocídio, dos crimes de guerra, da limpeza étnica, dos crimes contra a humanidade e de todas as formas de agressão injusta.

“É o momento das decisões corajosas – conclui Dom Auza – após as lições recebidas pela nossa incapacidade em deter os recentes horrores do genocídio e neste momento de flagrantes e maciças violações dos direitos humanos fundamentais e do direito humanitário internacional”.

O apelo final é dirigido aos líderes religiosos da região e de todo o mundo, para que o seu, seja um papel de primeiro plano na promoção do diálogo inter-religioso e cultural, na tempestiva denúncia ao uso da religião para justificar a violência, e no educar todos à compreensão e ao respeito recíprocos”. (JE)








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