Fátima: Jornadas Nacionais: “Família, e fecundidade da Igreja”. Declarações do P.
Duarte da Cunha e de D. Antonino Dias sobre o Sínodo
Neste
fim-de-semana, nos dias 18 e 19 de outubro, enquanto decorria no Vaticano a apresentação
do Relatório do Sínodo sobre a família, realizaram-se em Fátima as Jornadas Nacionais
da Família subordinadas ao tema: “Família, e fecundidade da Igreja”. O orador de sábado
foi o Padre Juan de Dios Larrú, do Instituto Pontifício João Paulo II para os Estudos
sobre o Matrimónio e a Família. O sacerdote espanhol desenvolveu a sua intervenção
abordando a “educação para o amor” e a “cidadania da família”. No domingo, dia
19. a reflexão dos mais de 200 participantes foi sobre a “pastoral da família à luz
do Sínodo dos Bispos”. O orador foi o Padre Duarte da Cunha, Secretário-Geral do Conselho
das Conferências Episcopais da Europa (CCEE). No seu olhar sobre a pastoral da
família, tendo como estímulo o Sínodo dos Bispos, este sacerdote salientou o imperativo
do acompanhamento das famílias apontando ser necessário recuperar a reflexão sobre
o sacramento do matrimónio. O Sínodo foi para o Padre Duarte da Cunha um espaço de
liberdade onde se construiu comunhão sobre uma preocupação real da Igreja que é a
família. “Há assuntos que não podem ser tratados ideologicamente ou por pressão
da opinião pública” – afirma o secretário-geral do Conselho das Conferências Episcopais
da Europa – que, em relação aos divorciados recasados, considera não haver “outra
maneira de evangelizar que não seja através do acolhimento”. O Padre Duarte da
Cunha sublinha ainda que “o que as pessoas querem é que Igreja apresente a sua verdade
de uma maneira mais explícita e numa lógica da caridade, da misericórdia e do amor”. Refletir
e testemunhar são alguns dos grandes desafios para a pastoral da família neste ano
até ao Sínodo de outubro de 2015, para que os padres sinodais conheçam as experiências
existentes – concluiu o Padre Duarte da Cunha. D. Antonino Dias, Bispo da Diocese
de Portalegre e Castelo Branco e Presidente da Comissão Episcopal para o Laicado e
Família, esteve presente nas Jornadas Nacionais da Família e, em breves declarações
à comunicação social, considerou que o Sínodo foi um espaço de debate onde se falou
com liberdade absoluta, cujo documento final fica em aberto para o próximo encontro
de 2015. (RS)