Moçambique à espera dos resultados das eleições - voto considerado pacífico
Moçambique
espera saber quem vai ser chamado a governar o país, depois das eleições gerais desta
quarta-feira. Os primeiros resultados provisórios serão anunciados "em breve" segundo
quanto informou a Comissão eleitoral que, entretanto, definiu a votação pacífica e
correcta. Este parecer foi amplamente partilhado por observadores internacionais,
mas do principal partido da oposição vieram acusações de tentativa de fraude. Todos
haviam pedido que as eleições fossem "uma festa" e, pelo menos em parte, o objectivo
foi alcançado: a votação foi pacífica, sem os confrontos da campanha eleitoral. Ainda
faltam os dados oficiais, também sobre a participação, mas a Comissão Nacional Eleitoral
(CNE) considerou de "entusiástica" a reacção da população: os 44% alcançados em 2009
deveriam, portanto, ser ultrapassados. A contagem já começou, mas na altura de fechar
as urnas, a própria CNE havia falado de pelo menos 24-48 horas necessárias para divulgar
os resultados. Entre os candidatos à presidência, o da Frelimo, Filipe Nyussi,
disse que estava "totalmente confiante" na vitória. Chegaram, contudo, contestações
da Renamo, o movimento de Afonso Dhlakama, que havia afirmado anteriormente de esperar
consultações "corretas". A acusação ao governo é de querer “viciar os resultados":
na província central de Tete - no centro de fortes polémicas mesmo depois da votação
de 2009 – argumenta a Renamo - teria sido frustrada uma tentativa de fazer entrar
nas assembleias de voto urnas já cheias de boletins de voto. Estes foram em seguida
destruídos por militantes da oposição. Aos observadores da União Europeia presentes
foi impedido de verificar o que havia sucedido. Geralmente, porém, explicou a coordenadora
da missão de supervisão Judith Sargentini, as operações se desenrolaram de maneira
"substancialmente boa". Um apelo à “paz” e “unidade” havia chegado, no entanto, do
terceiro candidato presidencial, Daviz Simango, líder do "Movimento Democrático de
Moçambique" (MDM) e presidente do Município da Beira.(BS)