Sínodo: Papa nomeia 6 novos redatores para o Documento Final
Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco nomeou seis novos padres sinodais
para se unir à equipe que escreverá o documento final do Sínodo ‘Desafios Pastorais
da Família’, que se encerra no próximo domingo, 19.
Entre eles estão o arcebispo
argentino Dom Víctor Manuel Fernández, reitor da Universidade Católica Argentina e
teólogo muito próximo de Francisco, e o chamado ‘papa negro’, ou seja, o superior
da Ordem dos Jesuítas, o espanhol Pe. Adolfo Nicolás.
Nos últimos 49 anos,
em quase todos os Sínodos, o documento final era realizado por um relator, um secretário
especial e um secretário geral. Neste caso, a previsão era que o informe final fosse
redigido pelo cardeal húngaro Peter Erdo (relator), o teólogo e bispo italiano Bruno
Forte (Secretário especial) e o cardeal italiano Lorenzo Baldisseri (Secretário geral).
Além
de Dom Fernández, que teve papel significativo quando o então Cardeal Jorge Bergoglio
foi o responsável pelo documento do episcopado latino-americano em Aparecida, em 2007,
e o padre geral dos jesuítas, Nicolás, os outros bispos nomeados pelo Papa são:
O
cardeal italiano Gianfranco Ravasi, biblista, Presidente do Pontifício Conselho para
a Cultura; o cardeal estadunidense Donald Wuerl, arcebispo de Washington DC; o arcebispo
mexicano Carlos Aguiar Retes, Presidente do Celam (Conselho Episcopal Latino-americano)
e Peter Kanh U-Il, Presidente dos bispos coreanos.
Depois da primeira semana,
marcada por um clima de liberdade e franqueza, na qual os 191 padres sinodais atenderam
ao Papa e falaram sem temores de diversos temas complexos (convivências, matrimônios
homossexuais, divorciados recasados, poligamia, etc.), nesta segunda-feira, 13, tem
início uma nova etapa.
Os padres sinodais se dividem em 10 grupos linguísticos
(três em italiano, três em inglês, dois em espanhol e dois em francês), denominados
‘círculos menores’. O debate prossegue a partir da ‘Relatio post disceptationem’ (Relatório),
documento apresentado pelo cardeal húngaro Peter Erdo, arcebispo de Budapeste, baseado
nos debates da semana passada.
A partir de quinta-feira, a equipe com os 9
padres sinodais nomeados deve redigir o documento final. Depois de ser submetido à
votação, será apresentado ao Papa e enviado às Conferências Episcopais de todo o mundo
para ser discutido não só pelos bispos, mas também pelas dioceses que por sua vez,
deverão elaborar um informe que servirá para preparar o Instrumento de trabalho para
o Sínodo Ordinário sobre a Família, marcado para outubro de 2015. (CM)