2014-10-13 09:34:51

A Semana do Papa – uma síntese das principais atividades de 6 a 12 de outubro


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Dia 6
Segunda-feira, dia 6 de outubro, primeiro dia do Sínodo sobre a família. O Papa Francisco falou aos padres sinodais e considerou ser este encontro uma grande responsabilidade que nos obriga a “falar claro” “com frontalidade evangélica” e o “coração aberto”.
O Papa Francisco começou por observar que os Padres sinodais são portadores da voz das Igrejas particulares, congregadas em Conferências Episcopais, fazendo notar desde logo uma distinção: “A Igreja universal e as Igrejas particulares são de instituição divina, as Igrejas locais entendidas como tais são de instituição humana.” Trata-se de um exercício de “sinodalidade”.

É uma grande responsabilidade: trazer as realidades e as problemáticas das Igrejas, para as ajudar a caminhar naquela via que é o Evangelho da família. Uma condição geral de base é esta: falar claro. Ninguém diga: ‘Isto não se pode dizer, alguém pensará de mim isto ou aquilo…’ É preciso dizer com parresia (frontalidade) tudo o que se sente.

O Papa observou que, de pois do último Consistório, de fevereiro passado, em que se falou da família, um Cardeal escreveu-me dizendo: é pena que alguns Cardeais não tenham tido a coragem de dizer algumas coisas, com receio que o Papa pensasse algo de diferente…

Isto não está certo, isto não é sinodalidade, porque há que dizer tudo aquilo que no Senhor cada um se sentir no dever de dizer: sem respeito humano, sem acanhamento. E ao mesmo tempo, há que escutar com humildade e acolher de coração aberto o que dizem os irmãos.

É com estas duas atitudes que se exerce a sinodalidade. Por isso, peço-vos, por favor, estas duas atitudes de irmãos no Senhor: falar com parresia – clareza e coragem evangélicas – e escutar com humildade. Fazei-o com muita tranquilidade e paz, porque o Sínodo decorre sempre cum Petro et sub Petro e a presença do Pai é garantia para todos e custódia da fé. Caros irmãos, colaboremos todos para que se afirme com clareza a dinâmica da sinodalidade.

Dia 7
Na missa de terça-feira, dia 7 de outubro, na Capela da Casa de Santa Marta, o Papa Francisco na sua homilia deixou clara uma mensagem concreta: rezar é fazer memória.
Tomando como inspiração a leitura do dia em que S. Paulo aos Gálatas faz memória da sua vida, recordando as suas atitudes e não escondendo os seus pecados, o Santo Padre considerou não ser este um hábito muito comum nas nossas vidas: fazer memória não esquecendo a história.

“Este hábito de fazer memória da nossa vida não é muito comum entre nós. Esquecemos as coisas, vivemos o momento e depois esquecemos a história. E cada um de nós tem uma história: uma história de graça, uma história de pecado, uma história de caminho, tantas coisas... E faz bem rezar com a nossa história.”


Dia 8
Quarta-feira, 8 de outubro - Grande multidão de fieis acolheu na Praça de S. Pedro o Papa Francisco para a audiência geral. Tema da catequese: os cristãos não católicos. O Santo Padre, desde logo, perguntou como nos colocamos perante este assunto?


“E nós como nos pomos perante tudo isto? Somos também nós resignados, se não mesmo indiferentes? Ou pelo contrário cremos firmemente que se possa e se deva caminhar na direção da reconciliação e da plena comunhão?”


As divisões entre os cristãos ferem a Igreja, que é o Corpo de Cristo – afirmou o Papa – recordando que, durante a Última Ceia, Jesus clamou ao Pai, pedindo que os seus discípulos permanecessem unidos:


“Basta pensar nas suas palavras no capítulo 17 do Evangelho de João, a oração dirigida ao Pai na iminência da paixão: ‘Pai Santo, guarda-os no teu nome, aquilo que tu me deste, para que sejam uma só coisa, como nós’. “




Para ultrapassar as divisões é necessário em primeiro lugar – segundo o Papa Francisco – unir a nossa oração à oração de Jesus pela unidade e depois, não nos fecharmos ao diálogo e ao encontro, mas permanecermos abertos a todos quantos creem em Cristo, mesmo que pensem de forma diferente – declarou o Santo Padre:


“E isto comporta, concretamente, a adesão à verdade, juntamente com a capacidade de perdoar-se, de sentir-se parte da mesma família, de considerar-se o dom de um para o outro e a fazer juntos tantas coisas boas, tantas obras de caridade.”



Dia 9
Na oração pedimos tantas coisas, mas o maior dom que Deus nos dá é o Espírito Santo – esta a mensagem essencial da homilia do Papa Francisco na quinta-feira, dia 9 de outubro.
A oração faz-se com o amigo Jesus, faz-se com o Pai e com o Espírito Santo – concluiu o Papa Francisco:

“ É Ele que nos acompanha e nos ensina a rezar. E a nossa oração deve ser assim, trinitária. Tantas vezes: ‘Mas você acredita?: Sim. No que crê?: em Deus; Mas o que é Deus para si? Não se escandalizem, mas Deus assim não existe! Existe o Pai, o Filho e o Espírito Santo: são pessoas, não são uma ideia no ar…. Este Deus spray não existe! Existem pessoas! Jesus é o companheiro de caminho que nos dá aquilo que pedimos; o Pai que trata de nós e nos ama; e o Espírito Santo que é o dom, é aquele a mais que dá o Pai, aquele que a nossa consciência não ousa esperar.”


Dia 10
Para que o mal não entre em nós há uma prática muito antiga mas tão boa : o exame de consciência – esta a principal mensagem do Papa Francisco na homilia da Missa em Santa Marta na sexta-feira dia 10 de outubro.
O Evangelho do dia recorda-nos que o diabo volta sempre e vem ter connosco, não deixa nunca de nos tentar. É, pois, preciso guardar o nosso coração que é o lugar onde habita o Espírito Santo – afirmou o Papa Francisco:

“ Ter um coração recolhido, um coração sobre o qual nós sabemos o que sucede e aqui e ali pode-se fazer a prática antiga da Igreja, mas boa: o exame de consciência. Quem de nós, à noite, antes de terminar o dia, fica sozinho ou sozinha e faz-se a pergunta: o que aconteceu hoje no meu coração. O que aconteceu? Que coisas aconteceram através do meu coração? Se não o fazemos, não sabemos, verdadeiramente, vigiar bem nem conservar bem.”


Dia 12
Neste domingo 12 de Outubro o Papa Francisco presidiu, na Basílica de S. Pedro, a uma Missa solene de agradecimento pela canonização, de Francisco de Laval e de Maria da Incarnação, Estes dois novos santos são considerados os fundadores da Igreja no Québec, no Canadá. Dois missionários do Evangelho:

Memória daqueles que nos precederam, daqueles que fundaram a nossa Igreja, a Igreja fecunda do Quebec, fecunda em tantos missionários que foram por todo o lado; o mundo foi enchido de missionários canadianos como estes dois”.

Na oração do Angelus deste domingo o Papa Francisco recordou os mártires da fé, afirmando que a bondade de Deus não tem confins.

E com o Angelus deste domingo terminamos esta síntese das principais atividades do Santo Padre que foram notícia de 6 a 12 de outubro. Esta rubrica regressa na próxima semana sempre aqui na RV em língua portuguesa. (RS) RealAudioMP3








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