Pena de morte - "um crime pré-meditado cometido pelos Estados" - Victor Nogueira,
Presidente de Amnistia Internacional / Portugal
10 de Outubro
é Dia Mundial de Luta contra a Pena de Morte. Organizado pela Amnestia Internacional
e por diversas outras organizações de Defesa dos Direitos Humanos, este ano chama-se
a atenção para os deficientes mentais e psicológicas que são condenadas à morte em
várias partes do mundo. – refere o Presidente da Amnistia internacional Portugal,
Victor Nogueira, segundo o qual o direito internacional proíbe essas práticas, mas
diversos Estados continuam a praticar esses crimes.
Contudo, para além dos
casos de pessoas com deficiências mentais e psicológicas, e não obstante o progresso
feito, de forma geral , existem ainda muitos países que aplicam a pena de morte ou
a têm de algum modo na própria Constituição, muito embora a situação esteja a evoluir
de forma positiva. Ele afirma ainda que o número de países que fazem execuções está,
relativamente concentrado.
O Presidente da Amnestia Internacional - Portugal
concorda com a ideia de que se um país influente e democrático como os Estados Unidos
abolissem completamente a pena de morte teriam muito influencia a nível do mundo,
pois salvo raras excepções como o Japão e os próprios Estados Unidos, a pena de morte
está ligada à falta de democracia. Além disso, não está demonstrado que a pena de
morte contribua para diminuir crimes graves, como muitas vezes se pensa. O caso de
Portugal que aboliu a pena de morte há muitas décadas atrás, é exemplo disso.
Resta,
portanto muito trabalho a fazer junto dos Estados e mesmo das populações para acabar
com a cultura e a prática da pena de morte no mundo, uma prática que, felizmente,
não existe em nehum país lusófono, com exepção do Brasil, onde é limitado a casos
militares muito especiais.