2014-10-09 12:40:37

No Sínodo, bispos latino-americanos falam de machismo e violência


Cidade do Vaticano (RV) – Os bispos latino-americanos que se pronunciaram quarta-feira, 08, no Sínodo sobre a Família, em andamento no Vaticano, manifestaram preocupação pelo machismo e a violência doméstica que afetam as famílias.

O porta-voz vaticano de língua espanhola, Pe. Manuel Dorantes, explicou que em seus pronunciamentos na Sala do Sínodo, os bispos da América Latina, África e Oriente Médio falaram da necessidade que a Igreja católica defenda a importância da igualdade entre homens e mulheres. “Isso ajudaria a solucionar alguns dos problemas das famílias atuais”, opinam.

Para estes bispos, o machismo é um problema importante para a Igreja, pois equivale à perda de valores, que acarreta a perda da fé. O machismo, explicaram, está diretamente relacionado à violência doméstica.

No Sínodo, a questão da poligamia foi também abordada como um dos problemas com que lidam os bispos católicos na África, mas que é difícil de enfrentar, já que não se pode forçar os homens a abandonarem suas mulheres, “que ficariam sozinhas na sociedade”.

Durante o debate, segundo informou Pe. Dorantes, outro tema enfrentado foi a crise econômica, como causa da fragmentação das famílias. Um padre sinodal defendeu que as grandes ameaças para a família hoje são “a emigração, a pobreza e a violência”. Para este participante, a injustiça social e o abismo sempre maior entre ricos e pobres são causas da desagregação familiar.

La falta de oportunidades leva, por vezes, os membros de uma família a perder seus valores e cair na delinqüência e no narcotráfico.

Os bispos latino-americanos também falaram de como a pobreza força muitos a emigrar. Muitas vezes são jovens e crianças, que acabam sendo alvo de abusos, por viajar sozinhos.

Entre os participantes das sessões de quarta-feira, 08, estavam o bispo de Cumaná, na Venezuela, Diego Padrón Sánchez; o bispo de Juigalpa (Nicarágua), Sócrates René Sándigo; o arcebispo de Quito, Fausto Gabriel Trávez, e o arcebispo de Tegucigalpa, Oscar Rodríguez Maradiaga.
(CM)








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