Meditações de Bergoglio sobre a Mãe de Deus traduzidas em russo
Cidade do Vaticano (RV) – As meditações de Jorge Mario Bergoglio sobre a Mãe
de Deus foram traduzidas em russo. O L’Osservatore Romano dedicou um espaço ao tema,
sob os cuidados do Arcebispo Ortodoxo Hilarion Alfeev. Ele explica no artigo que “se
trata de um texto recente do Pontifície e de doze homilias que Jorge Mario Bergoglio,
na época Cardeal Arcebispo, proferiu entre 1999 e 2012, geralmente acompanhando grupos
de jovens argentinos em peregrinação ao Santuário mariano de Nossa Senhora de Luján”.
“A
este Santuário – conta Hilarion – encravado no coração do Pampa argentino, acorrem
desde o século XVII milhares de peregrinos da Argentina e de toda América do Sul.
Nossa Senhora de Luján é venerada na América Latina como Mãe que intercede pelos pobres
e pelos humildes. Congratulando-se com Bergoglio pela sua eleição, o Patriarca Kirill
presenteou o novo Primaz da Igreja Católica Romana com um ícone de Nossa Senhora,
chamada ‘Nossa Senhora da humildade’”.
“O Papa – continua Hilarion em seu
artigo – pede a Nossa Senhora para dar a todos os fiéis um olhar capaz de ver em cada
um que nos rodeia, um irmão ou uma irmã, um olhar de amor e compaixão, um olhar atento
às necessidades de todos, em particular dos pobres, dos deserdados, dos marginalizados,
dos migrantes, dos anciãos, dos sem-teto, dos meninos-de-rua. Que este olhar de amor
se torne um compromisso concreto em defesa da vida, trabalho pela justiça, luta contra
todo tipo de exploração. Uma das idéias fortes do pontificado do Papa Francisco, até
aqui, é a de repropor constantemente à Igreja e ao mundo inteiro, partir das ‘periferias
existenciais’, isto é, da atenção aos ‘pequenos’, aos humildes, a qualquer um que
sofra’.
A devoção a Mãe de Deus, salienta Hilarion, “é um dos tesouros espirituais
comuns da Ortodoxia e do Catolicismo. Muitas outras coisas assemelham hoje os cristãos
do Oriente e do Ocidente, em relação às divergências acumuladas durante os séculos.
O compromisso a serviço da humanidade sofredora, a diakonia, é certamente um dos campos
em que as nossas duas Igrejas, desde agora, podem e devem agir juntas, para dar ao
nosso mundo um testemunho do que seja o cristianismo”. (JE)