2014-10-07 15:52:07

Cáritas Internacional ajuda população na Libéria, Guiné e Serra Leoa


Cidade do Vaticano (RV) - “Primeiro lutamos contra o Ebola”, declarou o Sacerdote Robert J. Vitillo, Delegado da Cáritas Internacional em Genebra, ao retornar da viagem à Libéria, onde deu suporte à mobilização Internacional no combate ao vírus Ebola. “Foi uma viagem difícil e triste: A população está desesperada, e tem todos os motivos para estar”, acrescentou.

Padre Vitillo ressaltou quadro angustiante na região: “As pessoas estão doentes, e mesmo os que se recuperam são excluídos da comunidade por medo de contaminação. Muitas crianças perderam suas famílias”. A Diocese de Monrovia está trabalhando com os Institutos Católicos locais no acolhimento destas crianças e no monitoramento do estado de saúde delas.

Ao lado da Igreja estão o Governo liberiano e o Ministério da Saúde – explicou o sacerdote Vitillo - e eles estão colocando todas as suas forças para combater a emergência. ”Não podemos esquecer – acrescentou ele - que a resposta à saúde pública deve considerar a presença de outras doenças, igualmente graves, como HIV, que acomete grande parte da população”. A Igreja intervém com a implantação de programas de combate a Aids. Nesse momento os esforços estão voltados para melhorar a situação de um modo geral.

“A corrupção continua sendo um grande problema – advertiu o sacerdote. A Libéria vem de conflitos que afetaram diretamente a área da saúde. Um governo pobre é incapaz de lidar com este tipo de emergência – acrescentou – mas a Diocese está distribuindo tarefas e responsabilidades visando evitar a corrupção”. “Percebemos que as lutas não são somente no combate às doenças, mas também, no campo social e cultural”, reiterou.

“A Igreja está preocupada em encontrar alimentos, mas há comunidades de Igrejas locais, como os salesianos, que estão empenhados em informar a população sobre a propagação do vírus e o que é preciso saber sobre a epidemia”, observou o sacerdote, explicando ainda que diante da tragédia do Ebola, parece não existir diferenças de crenças.

"Muitos muçulmanos cooperam com a gente e eu não sinto pressão de grupos fundamentalistas, apesar da presença da facção fundamentalista Boko Haram”.

Também na Guiné e na Serra Leoa as redes da Cáritas Internacional e dos grupos de Igrejas levam ajuda às aldeias e à Diocese, divulgando informações sobre as doenças. (KSF)








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