2014-10-05 09:17:22

Escuta e diálogo para renovar a Igreja, pede Francisco na vigília pelo Sínodo


RealAudioMP3 Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco participou na tarde de sábado, dia 4, da vigília de oração pelo Sínodo da família. A vigília teve lugar na Praça de S. Pedro e foi promovida pela Conferência Episcopal Italiana (CEI), com o tema “Acende uma luz na família".

Foram apresentados testemunhos de três casais italianos em diferentes fases da vida: o noivado, a prole e a reconciliação depois de seis anos de separação. No final desta vigília, o Papa Francisco dirigiu-se aos cerca de 40 mil fiéis para ressaltar que “a família continua a ser escola incomparável de humanidade”:

“A comunhão de vida assumida pelos esposos, a sua abertura ao dom da vida, a atenção recíproca, o encontro e a memória das gerações, o acompanhamento educativo, a transmissão da fé cristã aos filhos… com tudo isto a família continua a ser escola incomparável de humanidade, contributo indispensável para uma sociedade justa e solidária.”

A família é uma escola que encontra no Evangelho a força e a ternura para enfrentar os momentos de infelicidade e de violência, observou o Santo Padre: “ No Evangelho está a salvação que preenche os desejos mais profundos do homem! Desta salvação – obra da misericórdia de Deus e Sua graça – como Igreja somos sinal e instrumento, sacramento vivo e eficaz.”

O Pontífice identificou três atitudes importantes com as quais se poderá renovar a Igreja e a sociedade, para assumir com responsabilidade pastoral as interrogações que esta mudança de época nos traz: a escuta e o confronto sobre a família, com o olhar de Cristo.

Para Francisco, para buscar aquilo que o Senhor pede à sua Igreja, é preciso ouvir o pulsar desse tempo e sentir o ‘odor’ dos homens, até se impregnar de suas alegrias e esperanças, de suas tristezas e angústias. “A este ponto saberemos propor com credibilidade a boa notícia sobre a família.”

No final, o Pontífice fez votos de que o “vento de Pentecostes” sopre nos trabalhos sinodais, na Igreja e sobre a humanidade. “E desate os nós que impedem às pessoas de se encontrarem, cure as feridas que sangram, tanto, e reascenda a esperança. Nos conceda aquela caridade criativa que permite amar como Jesus amou. E o nosso anúncio reencontrará a vivacidade e o dinamismo dos primeiros missionários do Evangelho.”

(BF)







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