Vocação, formação, evangelização - Papa no discurso à Congregação para o Clero
O Papa recebeu
hoje em audiência, na Sala Clementina, no Vaticano, cerca de 80 participantes na
Assembleia Plenária da Congregação para o Clero.
O Papa dirigiu-lhes um discurso
centrado em três temas correspondentes – disse ele próprio - às actividades desse
Dicastério: “vocação, formação, evangelização”.
Francisco
comparou a vocação do ministério sacerdotal a um “tesouro um tesouro que não é feito
para enriquecer apenas alguns. Quem é chamado ao ministério sacerdotal - disse -
não é “patrão” da sua vocação, mas sim administrador de um dom que Deus lhe confiou
para o bem de todos os homens, mesmo daqueles que não professam a fé em Cristo ou
que se afastaram da prática religiosa. A comunidade cristã, por seu lado, deve proteger
essa vocação que é para o seu serviço, promovê-lo e acolhê-lo com afecto.
No
que toca à formação, o Papa Francisco frisou que essa é a resposta do homem, da Igreja,
ao dom das vocações que Deus lhe faz. A formação não é um acto unilateral, é “um vem
e segue-me” ; é uma experiência discipular, que aproxima a Cristo e permite conformar-se
cada vez mais com ele.
O Papa distingue duas formas de formação: inicial e
permanente e recorda que a descoberta e a valorização da vocação tem uma finalidade
preciso: a evangelização. “A missão dos ministros ordenados é a evangelização em todas
as suas formas. Ela parte antes de mais do “ser” para traduzir-se depois no “fazer”.
A primeira forma de evangelização – recordou o Papa – é o testemunho de fraternidade
entre os sacerdotes e o Bispo, pois, ainda antes das próprias obras é o testemunho
de vida dos sacerdotes que é evangelização. “Como é belo ver sacerdotes alegres na
sua vocação, com uma serenidade de fundo, que os sustém nos momentos de cansaço e
dor! E isto nunca acontece sem a oração… que é o coração, por assim dizer, da vida
sacerdotal.” – rematou o Papa.