2014-10-01 14:36:31

Unicef: 3.700 crianças órfãs devido ao Ebola


Segundo estimativas do UNICEF, desde o início da epidemia de Ébola na África Ocidental, pelo menos 3.700 crianças da Guiné Conacri, Libéria e Serra Leoa ficaram órfãs de um ou de ambos os pais e muitas têm sido afastadas pelos próprios familiares por medo de contaminação.
“Milhares de crianças estão vivendo a morte das próprias mães, dos próprios pais ou de outros familiares por causa da Ebola”, disse Manuel Fontaine, Director Regional do UNICEF para a África Ocidental e Central, ao voltar duma missão de duas semanas no terreno em territórios da Guine, Libéria e Serra Leoa. “Estas crianças têm urgente necessidade de atenção e suporte; muitas delas se sentem indesejadas e abandonadas. Os órfãos são confiados a membros da família, mas em muitas comunidades, o medo de Ébola está a ficar mais muito forte do que os laços familiares”.
Enquanto continua a crescer o número de vitimas, os primeiros relatórios da Guiné Conacri, Libéria e Serra Leoa sublinham que o número de crianças órfãs por causa de Ébola aumentou nas últimas duas semanas e prevê-se que duplicará daqui até meados de Outubro.
Por outro lado, enquanto se procura uma resposta rápida contra o vírus Ébola, o UNICEF está a fazer uso de todos os métodos possíveis a fim de garantir às crianças o apoio físico e emotivo de que precisam. Várias sessões de formação estão a ter lugar em todos estes países para fazer com que essas crianças sejam aceites e devidamente integradas no seio das comunidades familiares.
“O Ébola está a transformar uma simples reacção humana, como confortar uma criança doente, numa possível sentença de morte”, continuou Fontaine. “A maior parte das crianças atingidas pelo Ébola, não está a receber a assistência necessária – disse Fontaine acrescentando: “precisamos ainda de mais coragem, mais criatividade e muitos mais recursos”.
Entretanto, o Unicef lançou um forte apelo para a recolha de 200 milhões de dólares necessários para prestar ajudas de emergência às crianças e famílias atingidas pela epidemia em toda a região da África Ocidental, incluindo a actividade de protecção. Até hoje esta organização da ONU para a infância já recolheu apenas 25% dessa quantia.








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