Fulda (RV) – A evangelização ainda ‘incompleta’, o iminente Sínodo dos Bispos
sobre a Família, a dramática situação dos cristãos no Iraque, os números ‘dolorosos’
sobre a perda dos fiéis na Alemanha e o debate sobre a eutanásia e a morte assistida:
estes são os temas principais abordados pela Conferência Episcopal da Alemanha, na
sessão de outono da Plenária, em Fulda.
O Cardeal-Presidente da Conferência,
em discurso na abertura do encontro, disse aos bispos que “é preciso aprender a olhar
com mais abertura os tesouros da Igreja”.
Dom Reinhard Marx dedicou boa parte
de seu pronunciamento ao Sínodo programado no Vaticano de 5 a 19 de outubro e dedicado
aos desafios pastorais da família no contexto da evangelização. “A nova família de
Deus – afirmou – não pode se esquecer de ninguém. E a mensagem da Igreja deve ser
realmente o Evangelho; falamos de família e agimos pela família. Só assim o Evangelho
se torna crível”.
Os bispos insistem em pedir ao governo medidas para ajudar
os núcleos familiares, principalmente os que empobreceram com a crise econômica, e
às paróquias, a fim de que multipliquem seus esforços nas obras de assistência. “Se
quisermos estar presentes na sociedade temos que colocar sempre em discussão a qualidade
do nosso trabalho e melhorá-lo. O elemento colegialidade-sinodalidade da Conferência
Episcopal é uma necessidade teológica”, disse ainda o arcebispo de Munique e Freising.
Na
Assembleia, os bispos analisaram também as últimas estatísticas, relativas a 2013,
que indicam uma desafeição generalizada dos alemães pela Igreja. Ainda foi dado grande
espaço à crise na Síria e no Iraque e na situação dos cristãos no Oriente Médio.
O Presidente da Caritas alemã, Mons. Peter Neher, anunciou que nos dias 11 e 12
de outubro haverá uma coleta em todas as dioceses alemães. (CM)