Bicentenário da restauração da Companhia de Jesus: Qual o papel desta Ordem hoje?
Cidade
do Vaticano (RV) – A Companhia de Jesus está comemorando este ano o bicentenário
de sua ‘restauração’, após ter sido supressa em 1773. Participando desta ocasião,
o Papa Francisco irá à Igreja de Jesus (Chiesa Del Gesú), no centro de Roma, e celebrará
as vésperas com seus irmãos jesuítas.
A supressão da Companhia, por ordem
do Marquês de Pombal, começou com a expulsão dos jesuítas de Portugal, Espanha, França
e suas colônias, mas não conseguiu sufocar o Espírito que está na origem da sua existência.
Quando ela foi restaurada canonicamente, em 1814, pelo Papa Pio VII, a Companhia não
precisou ser refundada, porque o Espírito, herança dos Exercícios Espirituais, permanecia
nos jesuítas.
Desde sua fundação, em 1540, os primeiros jesuítas buscaram conhecer
e vivenciar a cultura dos povos para os quais propagavam a fé. Hoje, presente em mais
de 130 países, a Companhia de Jesus continua a ser uma Ordem universal que caminha
com o novo.
A Companhia conhece as necessidades do mundo hoje e, por isso,
atua em várias frentes: as ações pela defesa da ecologia, o conhecimento dos mecanismos
favoráveis e contrários à globalização, a necessidade do aprofundamento do diálogo
inter-religioso, o aperfeiçoamento constante do apostolado intelectual para o desenvolvimento
social, o contato com os aborígenes, o Serviço Jesuíta de Refugiados, e a Rede Jesuíta
de Educação etc.
Neste Bicentenário de Restauração, a Companhia de Jesus comemora
a data reavivando sua história durante o período mais difícil de sua existência, o
século XVIII, e todo o esforço daqueles que sempre acreditaram no legado que Santo
Inácio deixou.
Pe. José Carlos Brandi Aleixo, professor, escritor e cientista
político, fala a respeito do papel da Ordem no mundo, hoje. Para ouvir, clique acima.
A RV transmitirá ao vivo, sábado, 27, às 11h50 (horário de Brasília), da Igreja
de Jesus, a celebração das Vésperas, presidida pelo Papa Francisco. (CM)