2014-09-18 12:33:34

Presidente da Caritas: "Diálogo sim, mais violência não" no Oriente Médio


Cidade do Vaticano RV – O Presidente da Confederação Internacional da Caritas defendeu em Roma que a resolução dos conflitos no Iraque, Síria e Faixa de Gaza deve ser feita pelo “diálogo ou outro caminho” em vez de mais violência.

“A paz não pode ser imposta do exterior, mas deve nascer de dentro, da justiça social entre todas as pessoas”, disse Dom Oscar Maradiaga, que assinalou que os atuais conflitos são a maior crise que o mundo tem que enfrentar depois da II Guerra Mundial.

Por isso, o Presidente da Caritas Internationalis convidou todos os Governos “à total cessação do fornecimento de armas aos países do Oriente Médio”, na abertura do encontro dedicado à crise na região, com os presidentes e diretores das Cáritas dos países envolvidos e seus parceiros internacionais.

No encontro, encerrado quarta-feira, 17, os responsáveis refletiram “juntos sobre qual possa ser a melhor resposta, nos próximos meses e anos, para a tragédia que atinge o Oriente Médio”, disse Michel Roy, Secretário-geral da ‘Caritas Internationalis’ ao jornal do Vaticano, ‘L’Osservatore Romano’.

Roy acrescentou que, neste encontro de dois dias, foi debatido “o modo como se pode colaborar com organizações da Igreja Católica ou outras para promover a paz e a estabilidade na região”.

Segundo uma nota divulgada no final do encontro, "foi aprovado um plano a longo prazo sobre a cooperação inter-religiosa, a construção da paz em nível comunitário e um trabalho mais estreito com a Igreja e outras associações religiosas".

A Caritas Internationalis lembrou que cerca de 1,3 milhões de iraquianos tiveram de abandonar as suas casas e que os agentes da Caritas do Iraque também fugiram pela ação dos militantes do Estado Islâmico.

A instituição destacou ainda os números no conflito da Síria, onde mais de 13 milhões de pessoas vivem em condições desesperadas e a cada minuto quatro crianças são obrigadas a deixar as suas casas; três milhões de sírios refugiaram-se na Jordânia, Líbano e Turquia.
(Ecclesia-CM)








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