2014-09-12 15:56:12

Papa recebeu os bispos da República Democrática do Congo


O Papa recebeu na sexta-feira, 12, em audiencia conjunto todos os bispos da República Democrática do Congo, no final da sua visita ad limina Apostolorum, isto é, aos Túmulos dos Apóstolos Pedro e Paulo, ao Papa e à Sede de Pedro. RealAudioMP3


Respondendo ao discurso que lhe fora dirigido pelo Presidente da Conferência Episcopal da RDC, D. Nicolas Djomo-Lola, o Papa pôs em relevo os desafios pastorais aos quais a Igreja congolesa é chamada a fazer face urgentemente.

Antes de mais o Papa agradeceu a Deus pelos múltiplos dons da Igreja no Congo, uma Igreja rica em comunidades vivas e participantes na liturgia; uma Igreja em pleno crescimento numérico – frisou o Papa – mas que necessita, no entanto, duma evangelização profunda, pois não são só os números que contam, mas também a qualidade da fé e por conseguinte também da evangelização.

Uma Igreja é também de algum modo os seus pastores. Eis porque – prosseguiu o Papa – “a presença, a proximidade e a estabilidade dos bispos nas respectivas dioceses são necessárias para assegurar os padres e os candidatos ao sacerdócio, e para que todos os fiéis se sintam acompanhados, apoiados e amados.”

Um outro desafio pastoral posto em realce pelo Papa Francisco, é a juventude. A Igreja na RDC – frisou – não só é jovem, mas é também uma Igreja de jovens. É por esta razão que a Igreja é chamada a ajudá-los, através da Palavra de Deus, a resistir às múltiplas tentações e a enfrentar a precariedade da vida.

O Papa declarou-se sensível a esta situação, dizendo pensar de modo particular nas crianças-soldado, envolvidas nas milícias e obrigadas a matar os seus próprios compatriotas. O Papa encorajou os bispos da RDC a aprofundar, por isso, a pastoral dos jovens. “Dando-lhes toda a ajuda possível, sobretudo através da criação de espaços de formação humana, espiritual e profissional, podeis” – disse o Papa os bispos – “despertar neles a sua vocação profunda que os predispõe a encontrar o Senhor”.

A situação dessas crianças está ligada à situação das famílias, marcadas por uma desagregação em cuja base, estão as situações de guerra e pobreza: “É indispensável valorizar e encorajar todas as iniciativas destinadas a consolidar a família, fonte de toda a fraternidade, fundamento e primeira via para a paz” – recordou o Papa.

Se a paz, importante para qualquer país, é essencial para o desenvolvimento da nação, ela é também favorecida pela acção dos que governam. Sendo iluminados pelos pastores e no respeito das competências, os governantes podem melhor desempenhar os seus deveres ao serviço do Estado e da Sociedade.

“No momento em que o vosso país está a encetar encontros políticos importantes para o seu futuro” - continuou o Papa – “é necessário que a Igreja dê a sua contribuição, evitando, contudo, tomar o lugar dos políticos. Os pastores devem evitar – insistiu o Papa – substituir-se aos fieis leigos, que têm justamente por missão dar testemunho de Cristo e do Evangelho na política e em todos os outros domínios da sua actividades”.

Foi com esta chamada de atenção que o Papa Francisco - confiando a RDC à protecção materna de Maria, Rainha dos Apóstolos - concluiu o seu discurso, invocando “o testemunho luminoso da beata Anuarite Nengapeta e do beato Isidore Bakanja, ambos da RDC, para que inspirem o país e a sua Igreja.








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