Cidade do Vaticano (RV) – “A multiplicação das crises que atingem as crianças
desde o início de 2014 está criando desafios tais que faz passar para segundo plano
os progressos feitos para protegê-las contra os efeitos da guerra”. Com esta motivação
as Nações Unidas lançaram nesta semana a campanha “Crianças, não soldados”, destinada
em primeiro lugar à assistência aos menores envolvidos nos conflitos armados.
Na
última terça-feira, durante uma reunião especial no Conselho de Segurança, Leila Zerrougui,
representante da Onu para as crianças, insistiu sobre a necessidade de uma solução
imediata sem usar meios-termos, dizendo-se “horrorizada pelo total desprezo da vida
humana, demonstrado pelos grupos extremistas armados, como o Estado islâmico e Boko
Haram”.
Segundo as observações das Nações Unidas, cerca de setecentas crianças
foram assassinadas ou mutiladas no Iraque desde o início do ano, inclusive em execuções
sumárias. No mesmo período Boko Haram atacou na Nigéria escolas causando a morte de
pelo menos cem estudantes e setenta professores. As mais de duzentas jovens sequestradas
por Boko Haram no mês de abril ainda estão desaparecidas, enquanto o grupo armado
nigeriano continua a atacar e sequestrar outras crianças. (SP)