2014-09-03 09:09:21

Dom Somali encontra uma Gaza devastada


Gaza (RV) – “Visitamos o Bairro Sajaya onde 80% das casas e dos prédios estão reduzidos a um amontoado de escombros. Vimos coisas comparáveis somente a situações de cidades arrasadas durante a Segunda Guerra Mundial”. Com esta imagem, o Vigário Patriarcal do Patriarcado de Jerusalém dos Latinos, Dom William Shomali, sintetiza as impressões recolhidas durante a sua breve visita realizada segunda-feira na cidade de Gaza. Ele estava acompanhado pelo Administrador Geral do Patriarcado, Padre Imad Twal e pelo Chanceler também do Patriarcado, Padre George Ayoub.
Durante as poucas horas transcorridas em Gaza (o check point de Eretz é fechado pelos israelenses às 15 horas), a delegação patriarcal encontrou os membros da pequena comunidade cristã local, junto ao sacerdote e religiosas das três Congregações ativas na Faixa de Gaza – Instituto do verbo Encarnado, Irmãs do Rosário e Irmãs de Madre Teresa. O prelado e os dois sacerdotes católicos visitaram o Bispo Greco-ortodoxo Alexios, que permaneceu em sua sede durante todo o período do conflito.
A situação psicológica da população descrita por Dom Shomali revela muitas sombras e poucas luzes: “De um lado – explicou ele à Agência Fides – as pessoas estão aliviadas com o cessar fogo. Os pescadores, que estão autorizados a pescar até seis milhas da costa, retornam a cada madrugada com cargas de peixe e às oito da manhã já estão à venda. A possibilidade de poder encontrar comida com o trabalho das próprias mãos e a perspectiva de poder encontrar um futuro, também com o trabalho nas obras de reconstrução, ajudam a reacender um pouco a esperança”.
“Por outro lado – observa Dom Shomali – os jovens aqui já viveram três campanhas militares contra Gaza e cada vez a destruição é pior que nas vezes precedentes. Serão necessários muitos anos para voltar à situação de antes. Isto alimenta desconforto e gera desconfiança em relação ao futuro. Também dentro da pequena comunidade cristão, muito sonham ir embora”.
Os membros da delegação patriarcal não encontraram representantes políticos, mas nas conversas com cristãos e muçulmanos puderam constatar um aumento na hostilidade em relação à Israel. Ao mesmo tempo, não existe consenso no apoio ao Hamas. (JE)









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