Genebra (RV) - O número de pessoas em todo o mundo que precisam de ajuda humanitária
nunca foi tão alto na história. O alerta é do Escritório das Nações Unidas para a
Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha). No Dia Mundial da Ação Humanitária, celebrado
nesta terça-feira, 19, o órgão tenta sensibilizar as pessoas para as questões humanitárias
e os esforços de cooperação internacional para apoiar os que se encontram em situação
de extrema vulnerabilidade.
A data faz referência ao maior ataque já sofrido
por uma sede da Organização das Nações Unidas (ONU), ocorrido há 11 anos em Bagdá.
O evento resultou na morte de 22 funcionários da organização, entre eles o brasileiro
Sergio Vieira de Mello que, naquela época, era o representante especial do Secretário-geral
da ONU para o Iraque.
De acordo com a organização, é um dia para lembrar todas
as pessoas que perderam a vida em serviço humanitário e para celebrar o espírito que
inspira esse trabalho em todo o mundo. “Milhares de pessoas em todo o globo estão
fazendo um trabalho incrível todos os dias. Mas, infelizmente, alguns deles pagam
um preço muito alto. Neste Dia Mundial da Ação Humanitária, honramos essas pessoas
que enfrentaram o perigo para ajudar os mais necessitados”.
Um dos países
que mais necessita de ajuda humanitária na atualidade, segundo a ONU, é a Síria, onde
quase metade da população – 10,8 milhões de pessoas – precisa de assistência. A situação
é citada como a maior crise humanitária no mundo hoje, uma vez que o combate entre
forças do governo e grupos oposicionistas dificulta o trabalho na região.
Em
Brasília, a data foi lembrada com o lançamento de um selo postal em homenagem a Sergio
Vieira de Mello. Em Mogadíscio, na Somália, foi organizada uma caminhada/corrida de
cinco quilômetros. Em Londres, na Inglaterra, foi colocada uma coroa de flores na
Abadia de Westminster. (SP-ONU)