2014-08-15 05:52:25

Papa celebra Missa, em Daejeon, na Solenidade da Assunção de Maria, "Mãe da nossa Esperança"


Daejeon (RV) – O Papa Francisco iniciou, nesta sexta-feira, o segundo dia da sua Viagem internacional à Coréia, com uma solene concelebração Eucarística, em Daejeon, por ocasião da Solenidade da Assunção de Nossa Senhora ao Céu, que a liturgia celebra hoje, 15 de agosto. Hoje se festeja também na Coréia o dia nacional da Libertação da República.

Daejeon, que dista 137 km. da capital coreana, é a quinta cidade da Coréia, com mais de um milhão e meio de habitantes. Ali, o Papa celebrou a Santa Missa no Estádio da Copa do Mundo, construído por ocasião da Copa do Mundo 2002, que se realizou na Coréia e Japão.

Participaram da celebração, entre outros, diversos sobreviventes e familiares das vítimas do naufrágio do ferry boat Se-Wol, ocorrido no último dia 16 de abril, nas costas do país, que causou a morte de 293 pessoas e 10 desaparecidos.

Em sua homilia, o Bispo de Roma refletiu, em união com toda a Igreja, sobre a Assunção de Nossa Senhora, em corpo e alma, à glória do Paraíso. A Assunção de Maria, disse, mostra-nos o nosso destino como filhos adotivos de Deus e membros do Corpo de Cristo: como Maria, nossa Mãe, somos chamados a participar plenamente da vitória do Senhor sobre o pecado e a morte e a reinar com Ele no seu Reino eterno.

O “grande sinal”, que encontramos na primeira leitura, “uma mulher vestida de sol e coroada de estrelas”, disse o Papa, convida-nos a contemplar Maria, entronizada na glória junto do seu divino Filho; convida-nos a tomar consciência do futuro que se abre diante de nós, graças ao Senhor Ressuscitado. E acrescentou:

Tradicionalmente, os coreanos celebram esta festa à luz da sua experiência histórica, reconhecendo a amorosa intercessão de Maria, que atua na história da nação e na vida do povo”.

Hoje, ao venerarmos Maria, Rainha do Céu, disse o Pontífice, nós nos dirigimos a Ela como “Mãe da Igreja”, pedindo-lhe que nos ajude a ser fiéis à liberdade régia, que recebemos no dia do nosso Batismo; que ela guie os nossos esforços de transformar o mundo segundo o plano de Deus; que ela torne a Igreja, neste país, capaz de ser, de forma mais plena, fermento do Reino de Deus na sociedade coreana.

Aqui, o Santo Padre fez uma exortação aos cristãos coreanos para que sejam uma força generosa de renovação espiritual, em todas as esferas da sociedade; combatam o fascínio do materialismo, que sufoca os autênticos valores espirituais e culturais, como também o espírito de competição desenfreada, que gera egoísmo e conflitos; rejeitem os modelos econômicos desumanos, que suscitam novas formas de pobreza e marginalizam os trabalhadores, bem como a cultura da morte, que desvaloriza a imagem de Deus, o Deus da vida, e viola a dignidade de cada homem, mulher e criança. E exortou:

Como católicos coreanos, herdeiros de uma nobre tradição, vocês são chamados a valorizar esta herança e transmiti-la às gerações futuras. Isto implica a necessidade de uma renovada conversão à Palavra de Deus e uma intensa solicitude para com os pobres, os necessitados e os fracos, que vivem entre nós”.

Com a celebração da Solenidade da Assunção de Nossa Senhora, recordou o Papa, nós nos unimos a toda a Igreja, espalhada pelo mundo, e olhamos para Maria como “Mãe da nossa esperança”. Ao entrar na glória, ela nos mostra que a nossa esperança é real e que, desde já, ela se apresenta “como uma âncora segura e firme das nossas vidas.

O Papa Francisco concluiu sua homilia chamando a atenção dos fiéis coreanos para esta esperança, oferecida pelo Evangelho, que é o antídoto contra o desespero, que parece se alastrar como um câncer no meio da sociedade, que, aparentemente, é rica, apesar de, muitas vezes, experimentar amarguras e vazios interiores.

Aos numerosos jovens, que nestes dias se reúnem naquele país, com alegria e confiança, o Papa fez sua exortação final: “Nunca deixem roubar a esperança!”. (MT)








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