Cidade do Vaticano (RV) - Os leigos católicos têm uma influência considerável
não só na Igreja Católica da Coreia, mas também na política, na economia e na sociedade
coreana em geral. Eles são considerados pioneiros nos movimentos pró-vida e de proteção
ambiental. Uma das principais organizações de leigos católicos é o Conselho Católico
do Apostolado (CLAK).
"No final da década de 60, os leigos começaram a praticar
a sua fé fora dos confins da Igreja, com o reconhecimento da importância do apostolado
dos leigos. A partir daí surgiu o CLAK, em 1968, que desde então, tomou a iniciativa
de enfrentar vários problemas sociais, incluindo a família, a vida e o ambiente. Ao
longo das últimas quatro décadas, o Conselho ampliou sua presença na política, economia
e educação, dedicando especial atenção à paz na península coreana.
No entanto,
as atividades dos fiéis leigos não se limitam ao Conselho. Leigos católicos estão
envolvidos em vários tipos de organizações e campanhas na Coreia. Um exemplo importante
é "Prolife", organização criada por um grupo de médicos católicos para chamar a atenção
para a questão do aborto, que ganhou destaque como uma das problemáticas mais controversas.
“Prolife” se posiciona como uma organização que vê a vida do ponto de vista
médico e cria campanhas para protegê-la, inspirada na medicina.
Outro exemplo
de campanhas sociais realizadas pelo laicato católico é o movimento “Um corpo, um
espírito”, cuja intenção é promover a doação de órgãos. A iniciativa começou com um
pequeno ato de alguns católicos, cresceu e se tornou um movimento nacional liderado
pelo falecido Cardeal Stephen Kim.
Além de tudo isso, os leigos da Igreja
Católica na Coreia também estão adotando medidas para enfrentar a degradação ambiental
resultante da rápida industrialização. Eles não têm poupado esforços para aumentar
a conscientização sobre os problemas ambientais do povo e promover a participação
das comunidades por meio de uma série de campanhas. Estas atividades têm implicações
significativas mesmo fora do mundo católico, e foram estendidas para além dos limites
da Igreja, transformando-se em movimentos sociais em nível nacional.
O Centro
de espiritualidade onde o Papa se encontrará com o Apostolado se encontra em cima
de uma colina que domina toda a área, e aonde anualmente, milhares de fiéis, sacerdotes
e leigos, realizam retiros espirituais. A difusão e a sobrevivência da Igreja Católica
na Coréia se devem quase exclusivamente ao compromisso dos leigos, devido às sangrentas
perseguições anticristãs e do consequente escasso número de sacerdotes no país. (CM)