O gesto da paz mantém-se depois do Pai-Nosso e antes da comunhão
É já oficial: a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, optou
por manter, durante a missa, o gesto da paz depois do Pai-Nosso e antes da Comunhão.
A mudança do rito da paz para um outro momento da Missa, por exemplo antes do ofertório,
tinha sido discutida durante o Sínodo dos Bispos sobre a Eucaristia, em 2005, mas
a maioria das Conferências Episcopais consultadas sobre o assunto pronunciou-se contra
uma mudança estrutural. “Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz": a paz é o dom
que Cristo Ressuscitado continua a oferecer à sua Igreja reunida para a celebração
da Eucaristia. O gesto da paz comporta um grande valor no nosso tempo marcada por
numerosos conflitos. Pela sua oração e testemunho, os cristãos têm a missão de acalmar
os temores profundos da humanidade e favorecer a instauração de um mundo mais justo
e pacífico Realizado antes do partir do pão, este gesto tem um profundo significado
teológico. Mas ele deve ser feito com sobriedade e para não perturbar o sentido sagrado
da celebração eucarística. Ora, este gesto causa por vezes uma certa agitação entre
os fiéis, mesmo pouco antes da comunhão. As Conferências Episcopais de todo o mundo
são, portanto, convidadas a preparar catequeses litúrgicas sobre o significado deste
rito, o seu desenvolvimento no quadro da celebração da Missa e sobre o significado
cristão da paz. Será necessário mudar nas novas edições do missal nos países onde
foram adotados gestos profanos. Numa uma circular aprovada pelo Papa Francisco, a
Congregação dá várias indicações práticas. Ela recorda também que o gesto da paz não
é mecânico, que não é obrigatório e que pode ser omitido pelo celebrante. A circular
adverte contra a introdução de um canto de paz e pede aos fiéis, bem como ao celebrante,
para não se deslocarem para dar a paz. Para a Congregação para o Culto Divino,
é essencial não apenas promover uma melhor expressão do sinal de paz, corrigindo os
abusos e moderando os excessos que suscitam a confusão na assembleia litúrgica. É
também necessário melhorar a sua compreensão.