Card. Fernando Filoni, de partida para o Iraque, como enviado pessoal do Papa Francisco,
foi por este recebido
Na tarde de
domingo, 10, o Santo Padre recebeu na sua residência, na Casa Santa Marta, o Card.
Fernando Filoni, Prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos e recentemente
nomeado Enviado pessoal do Papa ao Iraque. Com a iniciativa, o Papa Francisco quer
demonstrar a sua proximidade à população local, especialmente aos cristãos, extremamente
necessitados de apoio e encorajamento.
O cardeal informou ao Papa sobre a preparação
da sua missão. Por sua vez, o Papa ldeu-lhe algumas indicações pessoais e confiou-lhe
uma quantia em dinheiro para utilizar nas ajudas mais urgentes. Segundo Dom Filoni,
a sua missão será levar encorajamento, confiança, mas também ajuda espiritual, moral
e psicológica. Ao deixar a Casa Santa Marta, o cardeal falou com a RV:
“O
Papa já manifestou várias vezes a sua sensibilidade em relação à situação atual no
Iraque, onde muitos cristãos, e muitas outras minorias, estão a fugir da perseguição.
Fala-se de um milhão de pessoas desalojadas, em busca de um lugar seguro para a sua
vida e seu futuro”.
“Senti vivamente a solicitude do Papa, senti
que ele mesmo provavelmente gostaria de estar ali, no meio deste pobre povo. Ele me
confia este papel para que eu leve pessoalmente este carinho, este amor profundo,
a solidariedade que ele sente por estes pobres de hoje”.
“Nós
entendemos que estes cristãos, depois de tantas dificuldades, pensem que o Iraque
não seja mais o seu país. Tradicionalmente, no Iraque convivem muitas realidades:
é um país acolhedor, no qual historicamente, em centenas de anos, minorias e maiorias
conviveram. Seria uma pena, hoje, perder esta riqueza”.
“Com
a minha presença, quero também encorajar psicologicamente os cristãos, dizer que existe
futuro para eles. Eles devem saber que a Igreja está com eles, que não os abandona,
que os considera preciosos nesta terra, para que tenham confiança neles mesmos e nas
relações que estabelecerem”.
“O Papa está consciente disso tudo.
Sendo assim, a minha missão será sensibilizar ainda mais as autoridades, recomendando-lhes
o bem dos nossos povos e, ao mesmo tempo, estudar como ajudá-los concretamente nesta
situação e no futuro próximo. Além disso, vou agradecer a todos – autoridades, organizações
eclesiásticas e não eclesiásticas – por aquilo que estão a fazer em favor desta população”.